terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Balanço da (con)gestão

 
 
Caros amigos,
 
 
Depois de longo e tenebroso verão, ocasionado por excesso de trabalho e a ausência de fatos novos, estou de volta. Como primeiro“post” do ano, acho que vale revisitar a “gestão”Tirone. No dia 20 de janeiro de 2011, elencávamos as principais prioridades, no“post” “Nova Era?”. Abaixo, os meus comentários.
 
Caros amigos,
Como mencionei em textos passados, preferiria que o vencedor de ontem fosse o Paulo Nobre. Não deu. Por mais que doa dizer, o fato é que, depois dos últimos 2 anos, não podemos criticar o resultado da eleição do Palmeiras. A corrente política a que pertence Paulo Nobre teve sua chance e, infelizmente, não foi bem aproveitada. Além de não poder criticar, acho que temos que aceitar e, mais que isso, torcer para que o Tirone faça um bom mandato. Temos que torcer sempre pelo bem do Palmeiras e não de grupos políticos.
As decepções do passado recente mostram que uma administração "mais do mesmo" não deve nos levar a lugar algum. Fica evidente a necessidade de (rápida) mudança estrutural. Na era do "futebol romântico" ficar na fila até aumentava torcida. Na era do "futebol investimento" isso pode até acabar com o clube. Acho que o torcedor comum conhece muito pouco das idéias do novo presidente. A eleição do Palmeiras é extremamente fechada para sua torcida. Sendo assim, aproveitando o canal de comunicação Prisco Palestra, pensei em 10 prioridades, na minha opinião, para o “novo” campo político do Palmeiras.
1 – Esse novo grupo se compromete a ficar apenas um mandato no poder. Com isso, ele pode tomar medidas impopulares sem ter que se preocupar em reeleição ou coisas do tipo. Várias atitudes são impopulares, mas tem que ser feitas para o bem do futuro do clube. Mal comparando, provavelmente o FHC não se elegeria mais nem para síndico de prédio, porque tomou uma série de medidas impopulares, que custaram no curto prazo, mas depois fez um bem danado ao país. Sendo assim, não se trata mais de um projeto de poder, mas sim, de um projeto de Palmeiras.
Patético. Até os últimos dias “flertava” com a reeleição.
2 – Por mais imbecil e paradoxal que possa ser, a conquista de títulos no mandato não é o principal objetivo do grupo. O importante será criar condições para o Palmeiras competir em alto nível sempre e não ficar disputando título em um ano e rebaixamento no outro.
Surreal. Antes, os anos eram diferentes, agora conseguimos ganhar e cair no mesmo ano.
3 – Já que esse grupo não quer se perpetuar no poder, não sofrerá influências apaixonadas da torcida que exige sempre coisas incompatíveis com o futuro do clube (contratações de jogadores caros, alta rotatividade de atletas por excesso de pressão, etc...)
A tentativa com Riquelme, diz tudo.
4 – Romperá com a danosa prática do Palmeiras de montar mais de 2 times por ano na eterna ciranda do contrata, a torcida xinga, manda embora, contrata outro e o ciclo reinicia.Daí temos de pagar salários de “n” atletas. Está provado que no futebol brasileiro atual quem mantiver um time jogando junto por 18 meses disputa qualquer título em alto nível.
No primeiro ano, até tentou. No segundo, chegou contratado em setembro...
5 – Em que pese o futebol ser emoção, o novo grupo reconhece que não há mais administração saudável sem responsabilidade financeira.
No primeiro ano, até tentou. Depois, virou balbúrdia novamente.
6 - No primeiro mês de mandato, envia proposta de mudança de estatuto, proibindo reeleição, com direito de voto a sócios e sócios torcedores (como o Internacional)
Passou o voto de sócio apesar dele, não por causa dele.
7 – Publicará balanços completos e auditados (de 3 páginas como o Corinthians) em grandes jornais do país. Com isso mostra transparência e não será mais vítima de interesses escusos para reprovar as contas do clube em reuniões pouco transparentes.
Nada. O novo presidente (que era conselheiro), disse que precisa de um mês para avaliar a atual situação. Sendo assim, entendo que nem fora nem dentro do clube há transparência.
8 – As“sobras” de caixa devem ser direcionadas para a construção de um hotel no CT para economizar depois com as diárias e, principalmente muito, mas muito, investimento em marketing.
Zero.
9 – O investimento em marketing tem que ser feito por empresas do ramo e visa reverter imediatamente a queda no número de torcedores, esse sim o maior risco que um time pode correr na era do "futebol investimento". Sem torcida, sem patrocínio, sem receita, sem título, sem torcida...
Zero.
10 – Para tanto, investimentos no programa de sócio torcedor para que este seja digno de nome e conquiste uma legião de palmeirenses.
Zero.
Pelo relato acima, lá se foram mais 2 anos de reconstrução para o lixo. Nada muito diferente das administrações anteriores, mas, infelizmente para nós, alguns rivais aproveitaram esses 2 anos para avançarem ainda mais em receita e torcida. Os desafios para os próximos presidentes estão ainda maiores.
Penso que as prioridades de 2011 se repetem em 2013. A diferença era que com Tirone havia a certeza que não dará certo. Agora, a incerteza que dará. Vamos torcer.
Por Marcelo, o racional.

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