segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

ENFIM, TERMINAMOS O ANO! - Parte 1


Com um título de expressão nacional e vaga assegurada na Libertadores 2013, o Palmeiras encerrou o ano de 2012 - que tinha tudo para ser o melhor desde 1999, de maneira pessimista. Culpa da falta de planejamento, do elenco reduzido e da já conhecida influência negativa da mídia.
 
Entretanto, importantes mudanças ocorreram fora de campo como a evolução das obras de nossa nova e moderna casa.  E outras ocorrerão no campo político, como a aprovação das eleições diretas para os próximos anos, a realização das eleições indiretas em janeiro e a renovação de nosso Conselho Deliberativo em fevereiro.
 
O título da Copa do Brasil, o segundo na história palestrina, além de representar o ressurgimento do Palmeiras no cenário nacional das conquistas - havíamos conquistado o desprestigiado paulista em 2008, poderia significar um tempo de maior tranquilidade na tumultuada relação com a torcida. Mas poderia...
 
Bastava, é claro, realizar mediana campanha no Brasileirão e avançar às fases decisivas da Sulamericana. Não se exigiria novo título. Nem torcida, nem imprensa.
 
Contudo, uma sucessão de lambanças, seja da diretoria, seja da comissão técnica e jogadores, nos lançaram à segunda divisão do tradicional Campeonato Brasileiro que apesar de importante, deixou de ser a principal competição do calendário futebolístico há algum tempo.
 
Então, qual a razão de todo esse pessimismo? Muito simples: as cataratas de matérias negativas que a imprensa publica diariamente sobre o Palmeiras. De repente, esqueceram-se do título da Copa do Brasil e da vaga para a Libertadores em 2013 e passaram a nos massacrar em razão da iminente queda para a série B do Brasileirão. Ou seja, o ano palmeirense, do ponto de vista da imprensa esportiva, passou a ser apenas o segundo semestre.
 
Evidente que ninguém deve festejar essa situação de Série B, mas também não se deve encarar esse fato como uma doença terminal, contra a qual não há mais esperanças de cura. Já caímos no passado e retornamos no ano seguinte. O mesmo já aconteceu com grandes equipes estrangeiras e nacionais. O atual campeão brasileiro chegou à série C e só retornou pois é muito forte nos bastidores e estamos no Brasil.  
 
Penso que há muita coisa a ser celebrada em 2013, e nos próximos posts analisaremos os aspectos mídia, política e arena, sempre pelo ângulo positivo, pois já temos muita gente escrevendo negativamente sobre o Verdão.
 
Desejamos um feliz ano novo a todos e que 2013 represente o ano do ressurgimento do Palestra!!!


Prisco Palestra

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O DNA da crise, Belluzzionismo e Kleina

 
Caros amigos,
Como vocês já devem ter percebido, meus “posts”procuram trazer para debate aspectos pouco comentados na imprensa, visões diferentes, sem, evidentemente, deixar se levar pela emoção, para não trair a alcunha.
Em linha com essa intenção, é lugar comum culpar a diretoria pela crise do Palmeiras. Obviamente, concordo com essa tese, tanto que ao final do mandato em janeiro, abordaremos esse assunto revisitando o post “Nova Era? (jan/2011)” onde apontávamos as prioridades dessa administração. Antecipo que salvo algum terremoto, essa gestão é pífia.
Entretanto, penso que não é só isso. A torcida também tem sua parte e nos últimos dez dias, tivemos mais um exemplo. No penúltimo domingo, no clássico, dois lances agudos, ajudaram a definir a partida. Primeiro, João Vitor perde uma bola boba no meio de campo, é desarmado e o rival marca um gol. Posteriormente, Valdivia, sem ninguém, quase na pequena área, perde um gol de cabeça inacreditável. O resultado todos sabem. João Vitor não foi relacionado para a partida, alegou ameaças, etc, etc. Já Valdivia foi escalado em Florianópolis e protagonizou um dos lances mais estúpidos e imbecis que vi na minha vida esportiva. Nunca presenciei um caso de sabotagem tão grande, mesmo com 2 companheiros (Marcio Araujo e Assunção) pedindo para ele sair dali.
Muito engraçada a diferença de comportamento. João Vitor, de salário baixo, foi fundamental para a conquista da Copa do Brasil. Refez-se da pancada (em sentido literal) que levou da torcida (!!) no ano anterior, firmou posição desde março e fez partidas com atuações importantes, especialmente nos 4 últimos jogos do torneio nacional. Provavelmente, por nunca ter chutado o ar e ter feito gracinhas para rivais, foi praticamente “expulso” do clube. Com Valdivia, nem parece a mesma torcida. Apesar dos ganhos astronômicos (40% a mais que o NOVO contrato do Ganso!!!!), a torcida não tem a mesma impaciência. Continua desfilando suas suspensões por cartões e contusões. Adicionalmente, um número impressiona. Nesse Brasileiro, até agora, Valdivia não fez NENHUM gol e NENHUMA assistência. Porém, tudo bem. Segue reclamando do árbitro e dando entrevistas polêmicas. Com o apoio da coletividade, claro. Com sorte ele faz algum gol de pênalti no final e muitos dirão que ele foi fundamental para escaparmos do rebaixamento...
Penso que isso explica boa parte do Palmeiras pós 76 (sem apoio do dinheiro dos italianos) e pós Parmalat. O amor cego pela grife não motiva dirigentes (que já não são muito competentes) a fazer o que é correto. Como exemplo, interessante como as “estrelas” do Belluzzionismo estão caindo um a um, deixando estragos nos cofres e pouco retorno ao clube. Os casos mais emblemáticos são Kleber, o Traidor e Felipão. Falta o Valdivia, que deve acontecer em breve. Temos sempre de voltar a esse assunto pois o que ocorre em 2012 não é reflexo de 2012, mas ainda do “all-in” financeiro que tentamos em 2009/2010. Procuro sempre lembrar, pois penso que essa ciranda está levando o Palmeiras a essa “crise sem fim”.
Em relação ao Kleina, penso que foi uma boa contratação. Aparentemente, tem fome de crescer na carreira e ganhar dinheiro. Aparentemente, também, trabalha sério dentro de campo, não terceirizando funções para auxiliares. Seus últimos trabalhos foram bons. Se somarmos isso à falta de nomes no mercado, penso que a diretoria acertou aqui. Caberia (no infinitivo, pois não acredito tanto) à torcida ter paciência com seu trabalho. Se tiverem 10% da paciência que tiveram com o Felipão já está bom. Pode fazer um bom trabalho. Vamos torcer e, se por acaso cair, “a Cezar o que é de Cezar”.
Marcelo, o Racional

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tá difícil



Caros amigos,

Nos últimos dias, tivemos uma chuva de notícias (no âmbito do futebol) que mostram que ainda é muito difícil pensar o esporte bretão tupiniquim de forma racional. Azar de quem possui a alcunha...Enfim, vamos a elas:

1 – Mauro Cezar Pereira, em texto brilhante, diz que o Santos tem aproveitamento de G4 com Neymar e de Z4 sem Neymar. O clube faz um esforço monstruoso para manter o jogador no Brasil, mas como os gênios administradores não mexem no calendário (adequando ao padrão mundial), o Santos não pode usar seu jogador. Na prática, o Santos não deve ganhar nada pela transferência em 2014 e, aparentemente, não deve ganhar títulos relevantes pois ano que vem tem Copa das Confederações e, em 14, a Copa do Mundo. Logo, o Neymar não pode jogar. Brilhante, não?

2 – Paulo Henrique Ganso se recusa a cumprir seu contrato e, nesse país, a obrigação fica só com o clube. O Palmeiras contratou o Valdivia por R$ 500 mil. Hoje, parece claro que o valor é astronômico. O Palmeiras pode chamar o jogador e reduzir o salário alegando poucos jogos atuados e baixa performance? Não. Porém, se o jogador acha que vale mais que o salário atual ele usa de toda a forma de boicote para sair do clube e buscar aumento em outro lugar, vide Kleber, o traidor. Para o jogador tudo, para o clube nada. Como um clube dá um “passa-moleque” no outro o círculo vicioso se completa. Interessante, não?

3 – Cristovão Borges cai no Vasco. Apesar de ganhar apenas R$ 30 mil foi demitido por desgaste de trabalho de um ano. Como resultado ele manteve o mediano time do Vasco da Gama no G4 por 48 rodadas, repito, QUARENTA e OITO rodadas. Por não ter grife e oba-oba da mídia, a míope torcida pede o cabeça e o despreparado dirigente aceita. Bacana, não?

4 – A Rede Globo oferece 70% de aumento para os clubes que aceitarem assinar o contrato pelo triênio 2015/2017. A esmagadora maioria aceitará. Sendo assim, como apontou o brilhante PVC, o Corinthians ganhará R$160 MM/ano  enquanto o Palmeiras ganhará R$ 110 MM/ano. Será, se não aumentar mais, meio bilhão de reais de diferença de ganho em uma década. Vai dar para competir? Qual a ação dos outros clubes? Vamos virar uma Espanha? Assustador, não?

5 – O técnico mais bem pago do Brasil caminha a passos largos para a segunda divisão apesar de parecer claro que ele não possui um dos 4 piores elencos do Brasil. Seria o caso de, no mínimo, cobrança forte da diretoria, certo? Não, pelo contrário. É oferecido uma prorrogação de 3 anos no contrato com o mesmo salário astronômico? Intrigante, não?

6 – O Brasil joga em São Paulo. Com 2 minutos, repito DOIS minutos, os primeiros apupos. Com 5 minutos o primeiro pedido de jogador. A Globo filma a torcedora vaiando e depois gargalhando. Virou moda e folclore. São Paulo vaia a seleção com Parreira, Leão, Luxemburgo, Dunga, Mano, etc...Epagam R$ 80,00, no mínimo, para isso. Inteligente, não?

Enfim, como diria Ovelha: - “Pare o mundo que eu quero descer”

Por Marcelo, o Racional

domingo, 2 de setembro de 2012

O melhor emprego do mundo

                
Caros amigos,
Após férias, voltamos ao blog de nosso amigo Prisco.
Ao que parece, o Palmeiras inova novamente. Em apenas 45 dias, o clube “apaga” a conquista de um título nacional, a torcida“murcha” novamente, a pressão volta, etc.
Mais uma vez, é impressionante o que ocorre com o nosso técnico, feito de Teflon, uma espécie de Lula da Pompéia. Antes de mais nada, sem dúvida, ele tem o melhor emprego do mundo. Com inveja (queria que acontecesse comigo também), vejo que ele ganha muito bem. Mais que isso, quando ganha, o mérito é todo dele. Ainda está bem guardado na minha memória a ESPN Brasil, uma hora depois do título mostrando uma reportagem com a carreira do Felipão. Não, não revimos a história do Palmeiras. Revimos a do técnico. Quando perde, a culpa é dos jogadores, diretoria, estrutura e fofocas. Um show!! Como seria bom se tivesse isso no meu trabalho. Quando bato as metas sou eu, quando não bato são os meus funcionários. Mas, não adianta sonhar, isso só ocorre no mundo encantado do futebol, em especial, no mundo encantado do Palmeiras.
Evidentemente, reconheço que o técnico teve problemas externos, principalmente ligados a contusão. Entretanto, nada, nada, nada justifica não estarmos, pelo menos, na 16ª posição. Pior que isso, não estamos aproveitando esse estranho campeonato de 2012, onde o aproveitamento do 16ºcolocado é o mais baixo de todos os tempos. Difícil afirmar, mas levo como hipótese até questão de relacionamento, problema de vestiário mal resolvido. Reconheço que não temos time para ficar no G4, mas na ZR, é dose.
Procurando ver o lado positivo, sentia na coletividade em geral, até ontem ao menos, que era uma questão de tempo o atual campeão da Copa do Brasil sair da ZR. Era encarado como algo natural que aconteceria mais cedo ou mais tarde. Depois de ontem, acabou. Ficou claro, até para quem não queria enxergar, que a água já está chegou ao pescoço. A reação precisa começar já com o Grêmio, apesar do bom momento do time do Sul.
Mudando de assunto, uma coisa me intriga e é tratado com naturalidade pela despreparada imprensa esportiva. Que todos me desculpem, mas as contusões não podem ser explicadas pela Copa do Brasil. Como todos os times, o Palmeiras jogou com time reserva no Brasileirão (exceto em um jogo com o Figueirense). Além disso, esse torneio não previu nenhuma longa viagem (praticamente só PR e RS). Mais que isso, onze contundidos?? É um absurdo. Cadê o preparador físico? Os treinamentos são os indicados? Os jogadores estão se cuidando? Afinal, a grande maioria é jovem. Cadê o comando?
Com a palavra, Tirone, Frizzo e Sampaio.

domingo, 5 de agosto de 2012

Felipão na seleção?

Deu na revista Época:

"Antes de embarcar para as Olimpíadas, o presidente da CBF, José Maria Marin, questionou a direção do Palmeiras sobre a multa rescisória do técnico Luiz Felipe Scolari. Se cuida, mano."

E pra nós: seria bom nesta altura do campeonato?

terça-feira, 24 de julho de 2012

Felipe x Valdivia

                             
Caros Amigos,

Esta semana colocará, mais uma vez, a diretoria do Palmeiras à prova. Numa atitude (tomara que esteja enganado) parecida com a de Kleber, o Traidor, Valdivia vai à imprensa para repercutir a questão da proposta do mundo árabe, com respostas evasivas, insinuando que quer ficar, pero no mucho, abordando a questão da família, etc, etc.

Nos jornais de hoje, Sampaio se diz surpreso com as declarações e teremos uma semana de afirmações e desmentidos.

Ontem, outra notícia “interessante”. O Palmeiras se desfez do jovem Felipe, após ótimo Campeonato Paulista pelo Mogi, vendendo-o ao Atlético-PR.

Penso que as duas notícias ainda apontam pelo antigo resquício de diretores e torcida pelo amor à grife.

No primeiro caso, temos um jogador que veio por uma fortuna. Mais que isso, ganhando impressionantes R$ 500 mil/mês ou, se preferirem, mais que 3 vezes do que ganha PH Ganso. A fortuna de sua contratação não foi paga ainda. Devemos ao Banco Banif. Os salários foram integralmente honrados. Desde então (jul/2010), o Palmeiras gastou R$ 12 MM em salários ao jogador ou, se preferirem, 2/3 do que a Kia nos paga por ano.

Esses números superlativos não se mostraram dentro de campo. Devido uma série de contusões, o chileno participou de pouquíssimos jogos e, com pouco destaque. Nesse ano, tudo igual, até que um gol contra o Grêmio“muda” o panorama. Palmeirenses bradam que ele classificou o Palmeiras. Na minha opinião, um flagrante equívoco. O que classificou o Palmeiras foi a (na época) improvável vitória contra o Grêmio em Porto Alegre com destaque para João Vitor, o agredido e Mazinho, o desacreditado, além de Henrique que fez uma senhora partida em Porto Alegre. Nesse jogo, nosso“craque”, alegou problemas psicológicos e não jogou.

No segundo tempo do segundo jogo, de fato, fez um gol, mas, nesse jogo a defesa do Palmeiras foi irrepreensível novamente.

Na final, em Barueri, após o abraço em Felipão os holofotes estavam em cima do nosso “craque”. Após perder 3 bolas no meio de campo e armar contra ataques não aproveitados de forma surreal pelo nosso adversário, a sorte o brindou com a oportunidade de bater um pênalti aos 45 minutos, bem convertido. No intervalo, os comentários eram que Valdivia, agora, ia deslanchar. Porém, alguns minutos depois uma expulsão estúpida, para dizer o mínimo e, por conseqüência, fora da grande final em Curitiba.

Pegando o torneio completo, pouca diferença. Não participou de nenhum jogo da primeira e segunda fase (Coruripe e Horizonte). Sua estréia foi em 25/04, contra o Paraná (fez o jogo de volta também) e jogou os 2 jogos contra o Atlético-PR.

Enfim, para a maior parte da torcida, o gol contra o Grêmio justifica os R$ 12 MM de salários mais a dívida com o Banif. Para mim, não. Além disso, parece querer forçar um aumento (aproveitando o bom momento com a torcida) para continuar no clube. Se estivesse no comando do clube (sei que muitos dirão: “Ainda bem que não está”...rs), aceitaria correndo a proposta e, com a folga de caixa, poderia repor com jogadores maiscomprometidos e até com certo nome, pois, com R$ 500mil dá para fazer muita coisa.

Postura bem diferente a diretoria e parte da torcida teve com o jovem Felipe. Tive a oportunidade de assistir a um jogo completo dele pelo Mogi Mirim contra o Bragantino no estádio. Belo jogador. Porém após um jogo inteiro e quatro jogos parciais, está atestado: “O garoto não tem condições de vestir o manto palmeirense”. “Sentiu a pressão”,dizem alguns. “É jogador de time pequeno”, dizem outros. Fim. Decretado que o jovem, promissor, barato e com potencial de retorno técnico e financeiro no futuro, está fora da Pompéia. Sem apelação.

De certa maneira, lembra o processo de fritura que o goleiro Bruno passou até a partida contra o Grêmio. Ainda bem, depois de monstruosas atuações em jogos importantes, parece que as cornetas estão mais silenciosas. Felipe não teve a mesma sorte. Impossível dizer se Felipe iria se tornar um grande jogador, porém, fica claro a diferença de tratamento entre a grife e o desconhecido. Não somos capazes de esperar 5 jogos por um jogador de R$ 30 mil e esperamos 2 anos por um de R$ 500 mil.

Definitivamente, não me parece inteligente.

Como ressaltado em outro post, que bom que ganhamos a Copa do Brasil sem os medalhões. Talvez seja o começo de uma nova mentalidade, apesar da recaída dessa semana.

Foco na Sul Americana!!


Marcelo, o racional.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O Título e suas Consequências


Caros amigos,

Passados 5 dias do nosso título e com a adrenalina mais baixa, já é possível fazer uma projeção das conseqüências do título palestrino. Penso que algumas são certas, outras nem tanto.

Começando pelas certas. O título aumentou, e muito, a auto-estima da torcida. Assisti ao jogo em Ipatinga-MG e, mesmo numa cidade mais influenciada por times cariocas, houve rojões, gritos e festa pela cidade. Em Santos, palmeirenses fizeram buzinaço na avenida da orla e fecharam a Praça Independência. Em São Paulo, vocês foram testemunhas. Imagino o que aconteceu no esmeraldino interior paulista...

Voltamos a ver camisas verdes nas ruas e pais mais confiantes e entusiasmados em confirmar seus filhos palestrinos.

Outro aspecto certo é a “felicidade” dos patrocinadores. Como para a mídia impera o famoso “Ao vencedor, as batatas” a exposição dos anunciantes do Palmeiras foi enorme. Como os contratos prevêem comissões em caso de título, ainda vai entrar dinheiro “inesperado” no nosso cofre.

Por fim, parece certo, apesar de com prazo de validade, aumentará a tranqüilidade geral da torcida e do elenco. Claro que precisamos com urgência sair da ZR do Brasileiro para não perder a paz muito rapidamente, mas se a amostra do jogo de ontem contra o São Paulo for mantida, a confiança do grupo aumentou bastante. Fazia tempo que o Palmeiras não se portava com tamanho protagonismo num clássico, mesmo em condições desfavoráveis.

Indo agora para o incerto e/ou improvável, primeiramente aparece a questão política. Não parece que a sonhada paz entre as correntes políticas da Pompéia venha apenas por causa da conquista. O processo político palmeirense continua corroído pelo tempo e só profundas reformas (já discutidas em outros posts), solucionarão o problema.

Outro aspecto é a questão do modelo a seguir. Apesar de conquistarmos o título com jogadores comprometidos e menos badalados, ainda tenho a sensação que na primeira oportunidade de alívio de caixa os dirigentes correrão para a grife, apesar dos modelos de sucesso (aqui e nos rivais), apontarem o contrário.

Sempre lembro que essa atitude é amparada pela maioria da torcida, o que realimenta o processo. A sorte, pelo menos na minha opinião, é que o Palmeiras ainda tem sérios problemas financeiros e os Ronaldinhos Gaúchos e Juans da vida vão estourando os caixas dos nossos rivais. Menos mal.

Por fim, valorizar o marketing da conquista não significa fazer uma carreata por São Paulo. Há uma série de ações sérias que já deveriam ter sido estudadas e aproveitar esse mágico momento para o lançamento, mas, exceto pela nova tentativa do Avanti, não vemos mais nada acontecendo.

Enfim, amigos, a torcida tem mais é que extravasar e comemorar o momento. Espero, sinceramente, que essa não seja a postura dos dirigentes. Precisamos “relativizar” a conquista e tratá-la como um brinde, pois, de fato, não fizemos o planejamento correto para merecer o título.

Sei que conquistamos algo que não conquistávamos há muitos anos, mas aproveitamos bem o fato do torneio não ter suas principais forças, fomos beneficiados por eliminações de alguns rivais mais fortes (não temos nada com isso) e fizemos um ótimo final de torneio (últimos 4 jogos), exceto o primeiro tempo de Barueri contra o Coritiba o que foi suficiente para o título.

Excelente. Porém, o que está na mesa para o Palmeiras não é ganhar um título a cada 5 anos, mas voltar a ser protagonista. É esse círculo virtuoso que devemos buscar.

Ainda há muito que fazer. A lista se encontra especialmente nos posts “Nova era?” (jan/11) e a “Dormência do Gigante” (out/nov/2011).

Precisamos aproveitar o lado bom do título e, nem em pensamento, deitar em berço esplêndido por essa conquista que nos foi brindada pela força da camisa e da história. É na “hora boa” que fica mais fácil mexermos com as estruturas.

Aproveitemos.


Por Marcelo, o racional


Título do Palmeiras deixa Tricolor com 'fila soberana' na elite



Por Marcelo Belpiede São Paulo (SP), do gazetaesportiva.net

 

Os são-paulinos encerraram a temporada 2008 com o peito estufado depois da conquista do terceiro troféu consecutivo do Campeonato Brasileiro. Confiante com o trabalho, a diretoria tricolor classificava o clube como “Soberano”, já que naquela ocasião estava na ponta da lista na disputa dos títulos nacionais. Mas, em três anos e meio, tudo mudou.

Primeiro, o São Paulo perdeu a condição de líder do ranking entre os campeões brasileiros, já que os troféus vencidos antes de 1971, no Torneio Roberto Gomes Pedrosa e na Taça Brasil, foram reconhecidos pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Assim, Palmeiras e Santos se tornaram octacampeões nacionais. Ainda por cima, o Tricolor não ganhou mais nada e, depois da recente conquista do Verdão na Copa do Brasil, amarga o maior jejum entre os 12 clubes mais tradicionais do País. Sem dúvidas, o futuro reserva muitas brincadeiras aos amantes da agremiação do Morumbi.

“Eu acho que o São Paulo vai estar pressionado a partir de agora”, reconhece o goleiro Zetti, ídolo do clube principalmente nas inesquecíveis conquistas da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes, em 1992 e 1993.
  
A partir de 2009, ano do início do calvário são-paulino, todos os times considerados grandes foram campeões. O último título de Botafogo e Grêmio veio nos Estaduais de 2010. Para Flamengo e Cruzeiro, houve a volta olímpica nos Regionais de 2011. No mesmo ano, o Vasco faturou a Copa do Brasil. Na atual temporada, Atlético-MG, Internacional, Fluminense e Santos também já ganharam em seus respectivos estados, enquanto o Corinthians vibrou com a Libertadores e, finalmente, o Palmeiras levantou a Copa do Brasil.

Antes mesmo do quadro atual, a reação da torcida do São Paulo já vinha sendo forte. Em função do fracasso tricolor na semifinal da Copa do Brasil contra o Coritiba, jogadores e integrantes da comissão técnica foram hostilizados. Apenas o ídolo Rogério Ceni acabou poupado. A insatisfação também é grande com o presidente Juvenal Juvêncio, classificado por alguns como “ditador” pelas mudanças no estatuto para se reeleger.

“No fundo, o São Paulo sempre teve essa pressão. Atletas que atuam em times grandes, como São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo e Cruzeiro, clubes que montam elencos fortes para vencer, sempre são cobrados. Tanto que vemos frequentes trocas de técnicos quando não aparecem os resultados. São clubes que investem muito”, justifica Zetti.

Se forem contabilizados todos os times da primeira divisão nacional, os rivais podem alegar que apenas o Figueirense (campeão catarinense de 2008) amarga um período maior sem levantar um troféu em relação ao São Paulo. Só que alguns clubes ganharam recentemente títulos sem tanta expressão. A Portuguesa foi campeã da Série B do Brasileiro em 2011, a Ponte Preta faturou o Torneio do Interior de 2009 e, por fim, o Náutico ganhou a Copa de Pernambuco de 2011.

Experiente em relação aos altos e baixos do futebol, Zetti cita que os jogadores do São Paulo podem levar o jejum de conquistas por um lado positivo. Ao técnico Ney Franco, contratado recentemente para retomar as glórias no Morumbi, fica a missão de administrar o quadro instável e ver os rivais Corinthians e Palmeiras garantidos na Libertadores-2013 com antecipação.






BASE CAMPEÃ!

PALMEIRAS É O CAMPEÃO DA COPA BRASIL SUB15 - 2012

Pela primeira vez a equipe conquista o título de campeão da competição


Pela primeira vez na história do Palmeiras, o clube chega tão longe em uma competição de base e conquista o título de CAMPEÃO DA COPA BRASIL SUB15.

A final da competição foi realizada na cidade de Cornélio Procópio e teve a presença do prefeito municipal Amin Hannouche, na entrega das medalhas e troféu de campeão à equipe sub-15 alvi verde.

Enfrentando o Vasco, que também lutava pelo título inédito, embora, já tivessem conquistado em 2007 o vice-campeonato, a partida foi disputada do início ao fim, e teve como grandes motivadores, as torcidas dos dois clubes. A mancha verde de Londrina, também se uniu a torcida que lotou o Ubirajara Medeiros.

Veja algumas imagens e em breve o passo a passo de toda a partida.



sábado, 14 de julho de 2012

FREGUÊS

Palmeiras volta a vencer o Coxa, mas pela Copa do Brasil sub-15


Dois dias depois de final dos profissionais, alviverdes se enfrentam e paulistas levam a melhor mais uma vez: 2 a 1 na semifinal


Por Diego RibeiroSão Paulo - globoesporte.com

O Palmeiras venceu o Coritiba por 2 a 1 nesta sexta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil. Desta vez, porém, o jogo foi válido pela categoria sub-15, que terá sua decisão nacional no próximo domingo. A vitória ocorreu apenas dois dias depois de as mesmas equipes terem se enfrentado na categoria profissional – com empate em 1 a 1 e título palmeirense.
 
Com o resultado, o Verdão pega o Vasco na grande decisão da Copa, domingo, na cidade de Cornélio Procópio-PR. O jogo teve grande apoio da torcida do Palmeiras, que foi ao estádio e comemorou a classificação.

A vitória motivou uma série de brincadeiras nas redes sociais, com palmeirenses tratando o Coritiba como “freguês”. Na próxima quinta-feira, Coxa e Palmeiras voltam a se enfrentar na categoria profissional, agora pelo Campeonato Brasileiro.

MAURO BETTING

Palmeiras, nossa vida é você – Onze vezes campeão nacional

Quiseram diminuir o Palmeiras. Fora e dentro do clube. Quiseram demitir Felipão. Fora, dentro, e nas redações. Quiseram minar o grupo com bombas de efeito retardado. Quiseram. Mas não conseguiram. Querer não é poder quando se tem a força de um Palmeiras.

O Palestra é enorme. Maior que os próprios erros. Muito maior que as limitações de banco e de campo. Infinitamente superior aos que acham que o futebol é uma ciência exata. Ou, em alguns casos, uma paixão clubista imprecisa. Gente que acha que o Palmeiras se apequena tem miopia histórica. Gigantes tropeçam. Caem para aprender a se levantar. O clube e o time e a diretoria e a comissão técnica erraram demais nos últimos tristes tempos. Mas nem eles conseguem diminuir paixão tão forte como a que o levou além das limitações. 

O Palmeiras foi grande na Copa do Brasil 2012. Foi Palmeiras. Superou na decisão um Coritiba que pintava como favorito, e até foi melhor na primeira partida, em Barueri – mas perdeu por 2 a 0, na única chance palmeirense na primeira etapa, e, no segundo tempo, na bola parada dinâmica de Marcos Assunção. O Coxa não conseguiu reverter a desvantagem na finalíssima e foi um bravo bivice-campeão da Copa. Perdendo a decisão para um ainda mais bravo bicampeão: o Palmeiras de Felipão. Campeão em 1998 com uma Via Láctea armada pela Parmalat, que daria o passaporte para a Libertadores enfim conquistada em 1999; bicampeão invicto do torneio com um Palmeiras de vacas magras e elenco enxuto. Mas vencedor. Como o clube.

Palmeiras que reconstrói o Palestra e, por ainda estar sem casa, é um time errante e que erra demais. Muitas vezes tem se perdido. Mas se encontra no palmeirense que o acolhe. Ajudando a reencontrar o caminho que ninguém conheceu melhor no século passado. Verdão que estreou em 2012 vencendo duas vezes o Coruripe, mandando o segundo jogo em Jundiaí, em mais um lar de aluguel, onde o time se sentiu em casa pelo palmeirense que não escolhe lugar. Na fase seguinte, com dois gols de Leandro Amaro, eliminou o Horizonte, no Ceará, por 3 a 1, cancelando a volta. Nas oitavas, ganhou bem do Paraná por 2 a 1, em Curitiba, e goleou por 4 a 0, em Barueri. Nas quartas-de-final foi prejudicado pela arbitragem contra o Atlético, no Paraná, no empate por dois gols. Em Barueri, convincente vitória por 2 a 0 sacramentou classificação para as semifinais. 

O Grêmio parecia favorito contra um Palmeiras que começara mal o BR-12 depois de um pífio final de Paulistão. Mas dois gols nos últimos minutos de Mazinho e Barcos em Porto Alegre deixaram o Verdão em ótima condição para decidir em Barueri. Numa partida em que muitos não conseguiram chegar ao estádio, de tanta gente que não tinha mesmo cabimento no pequeno estádio para tamanha paixão, o Palmeiras superou a violência do rival para empatar por 1 a 1 e voltar a uma decisão nacional.

Superando as desconfianças internas e externas como grande que é. Passando do céu ao inferno como Valdivia, que fazia tudo até se perder por nada. Enorme como foi Bruno, da Academia de goleiros palmeirenses. Eficiente como a dupla de zaga protegida por Henrique, testa quente como o coração no Alto da Glória. Letal como a bola parada de mais um Marcos que garantiu a Assunção verde. Decisivo como mais um Mazinho campeão palmeirense. Histórico como um Betinho que só acertou uma bola. A do título. Invicto.

Palmeiras que sofreu com joelho operado de Wesley, com apendicite de Barcos, com tornozelo torcido de Maikon Leite, com Luan se arrastando nos 20 finais, com Henrique superando tudo. Vários nomes muito comuns e ainda mais próprios reescreveram com sangue, dor e amor a história do Palmeiras duas vezes campeão da Copa do Brasil, oito vezes campeão brasileiro, primeiro campeão da Copa dos Campeões. 

Não foi por acaso. Sim por ser Palmeiras.


http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/2012/07/12/palmeiras-nossa-vida-e-voce-onze-vezes-campeao-nacional/

sexta-feira, 13 de julho de 2012

CRÔNICA

Caubóis da Pompeia


Amigo torcedor, amigo secador, se fosse um filme de faroeste, a conquista do Palmeiras, campeão invicto da Copa do Brasil, poderia se chamar "Os Renegados".

Alvo de chacota da imprensa e de pedradas até de parte dos seus próprios fãs, os caubóis da Pompeia se vingaram com o título da nossa taça mais nacional, a única que vai do sertão ao cais, espécie de Coluna Prestes da bola.

Até o discurso da comemoração, você reparou, caro palmeirense, saiu mais para o desagravo, a legítima defesa da honra do grupo, do que para a desabrida alegria da vitória. Muito compreensível. Entendemos a voz empoeirada do velho oeste sem carecer de legenda.

Os caubóis renegados da Pompeia têm pleno direito ao desabafo. Quem acreditava neles? Quase ninguém. E ainda chegaram à decisão com um time em remendos, sem o mago e sem o pirata. Com homens machucados, porém destemidos.

A saga verde foi um autêntico "Meu ódio será sua herança", para citar o filme predileto do meu amigo palmeirense Marcelo Mendez, um cronista basco-nordestino nascido no ABC paulista.

A Copa do Brasil, assim como a vida, é mata-mata. Um torneio onde os fracos não têm vez, agora lembrando a brutalidade do maior faroeste moderno, o dos irmãos Cohen. Cada jogador do Palmeiras foi um Anton Chigurh, o matador interpretado pelo espanhol Javier Bardem, nessa jornada.

Sim, eu poderia estar aqui exaltando o futebol-arte, o fino da bola. Não vem ao caso. O triunfo do Palmeiras é de outra natureza. É de bravura. Nem por isso deve deixar de ser celebrado. A coragem talvez seja o maior luxo da condição de ser homem.

Só perde, talvez, para a vergonha na cara. Os renegados da Pompeia souberam dosar as duas qualidades. Mesmo sob chuva de balas não fugiram ao duelo sob o sol das contrariedades. Bravos.
Ah, como poderia esquecer, uma vez que o assunto é o fantástico mundo do faroeste ""talvez a maior metáfora da nossa gloriosa existência. Como esquecer que o técnico Felipão, dublê de Gene Hackman, fez, na Copa do Brasil, o papel de o xerife de "Os Imperdoáveis", a fita genial do velho Clint Eastwood.

Para quem enfrenta uma confusão caseira sem limites e muitas dificuldades técnicas e humanas, o título do Palmeiras vai ficar na história como uma bíblia, um exemplo. Perto dessa conquista, toda prateleira da autoajuda agora é nada.

Parabéns, destemidos caubóis esverdeados!


Xico Sá

O TÍTULO É DO PALMEIRAS!


Caros amigos,

Esse é o primeiro título conquistado pelo Palmeiras na era Prisco Palestra. Que alegria! Como o Palestra nos faz bem!

Entretanto, vinte e quatro horas após a conquista, o racional tem de voltar a si...

Primeiramente, este escriba fica muito feliz com a “forma” que o título foi conquistado. Os desacreditados e muitas vezes humilhados e até agredidos jogadores do Palmeiras, apesar de muita desconfiança, trouxeram o caneco para a casa.

Esse título rompe com algumas “verdades”:

1 – O Palmeiras só ganha quando tem times superiores.

2 – O Palmeiras só ganha se tiver parceria (e, portanto, suportar loucuras financeiras).

Que, de uma vez por todas, a coletividade entenda que jogadores comprometidos podem, sim, trazer bons frutos para nós. Prefiro mil vezes um Juninho dizendo que “comeria grama para ver o Palmeiras campeão”, um Luan que jogou com uma perna, um Bruno que chora copiosamente ainda com o jogo andando porque é um legítimo palestrino a um Lincoln que anda em campo e a um Valdivia que joga 15% de suas partidas. Definitivamente, entrega e resultados, pelo menos no futebol, não está respeitando correlação com o contra cheque.

Evidentemente, nada na vida precisa ser levado a ferro e fogo. É óbvio que o time do Palmeiras precisa de mais qualidade e de contratações. Entretanto, clamo para que as próximas contratações coloquem como prioridade, sempre, o caráter, o interesse, a necessidade do jogador em vestir a gloriosa camisa alviverde. Juntar todos esses fatores com qualidade técnica não é impossível. Há vários exemplos (como o rival campeão). A grife é a lei do menor esforço. O dirigente lava a mão, a torcida cobra menos, o caixa estoura e o clube afunda. Que tenhamos, de uma vez por todas, aprendido.

Outro ponto que gostaria de abordar é a super valorização do técnico na conquista. Não, Felipão, o título não é seu. Você tem, claro, sua importância, mas ele não é seu. É do Palmeiras. Os jogadores corretamente exaltados por você na coletiva de quarta foram, em janeiro, chamados de antônimos de “camarão”. Esses jogadores, caro Felipão, motivaram-no a dar uma entrevista inoportuna após a vitória contra o Paraná e dizer que a diretoria deveria estar junto nessa m...

O grande mérito do nosso treinador foi, após 2 anos de trabalho, ter achado um lugar para o Henrique nas semifinais do torneio. Belíssima sacada, mas, na minha opinião, pouco para decretarmos que o título é o Felipão.

É difícil (ou racional demais, rs) fazer algum contra ponto ao treinador que tem enorme carisma com a torcida e numa atitude inteligente, populista e de coração (ou todas juntas) pega a taça e comemora com a arquibancada.

É fato que só ele ganhou a Copa do Brasil. É fato também que todo o azar que tivemos “extra-campo” como contusões, cirurgias, seqüestros, etc., tivemos na mesma medida dentro de campo. Os dois gols contra o Grêmio no final e o surreal primeiro tempo da decisão em Barueri, nos brindaram com algo que parecia que tinha nos abandonado para sempre.

Com o time completo (algo que, sendo sincero, quase não aconteceu na Copa do Brasil), o Palmeiras joga abaixo do seu potencial. O time, exceto em bolas paradas, apresenta muito, muito pouco. São poucas variações táticas e, pelo que se sabe dos treinamentos, pouca inovação.

Sendo assim, Felipão, você teve importância, sim. Você conseguiu, depois de muito tempo, unir o grupo contigo. Achou um lugar para o Henrique. Usou bem o elenco que tinha. Afastou-se do conflito diário após a chegada do Sampaio. Parabéns! Era o que esperávamos de quem ganha o que você ganha e da idolatria que essa torcida te proporciona (pelo período 97-00, esse sim, de grandes contribuições).

Entretanto, “dar” o título para você, seria diminuir esse grupo questionado por tudo e por todos.
Esse título é do Palmeiras! É da camisa! É da história!


Por Marcelo, o racional.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

DESACREDITADOS


Parabéns, desacreditados!!
Bruno, Artur, Maurício Ramos, Thiago Heleno (Leandro Amaro) e Juninho, Henrique, Marcos Assunção, João Vitor (Márcio Araújo) e Daniel Carvalho (Luan), Mazinho e Betinho.
Sem parceiros, sem medalhões!
“Só” a camisa. A camisa!! A NOSSA camisa!!!
Obs.: Análises Racionais só quando a adrenalina baixar!
Obrigado, PALMEIRAS!!!


Por Marcelo, o racional

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O São Paulo “Corinthianou”, o Corinthians “São Paulou” e o Palmeiras “Goiasou”...




Caros Amigos,


Há um time que troca de técnico a cada cinco meses. Seu presidente está no poder amparado por uma liminar e mudou o estatuto para ficar mais tempo no poder. Influencia a escalação do time de acordo com a pressão da torcida. Contrata jogadores caros e de retornos duvidosos.

É o Corinthians? O Palmeiras? Não, o “diferenciado” São Paulo.

Fazendo o papel de racional e não de torcedor, é triste verificar o que acontece do outro lado do muro, até porque eles, talvez mais do que ninguém, experimentaram os benefícios da boa gestão. Foram tri brasileiro com jogadores desconhecidos à época (Borges, Josué, Mineiro, Lugano, Danilo, Miranda, André Dias, entre outros) e depois disso começaram a apostar em medalhões (Fernandão, Cléber Santana, Jádson, Rivaldo,  etc...). Tinham uma política absolutamente pacífica em se tratando de um grande clube e, agora, tem um “ditador” no poder. Mantinham técnicos por anos e agora nem por semestres. Um marketing inovador e agora jogam com “camisa branca”. Sem dúvida, a arrogância ajudou na queda, mas ainda assim, me parece inexplicável o caminho seguido pelo nosso rival.

Por outro lado, há um time que não troca de técnico após um dos maiores vexames de sua história. O presidente desse time sai antes do final do mandato para não interferir no planejamento do ano seguinte.  Ao invés de contratar medalhões, concentra gastos na construção do CT e de seu “REFFIS”. Vem tendo enorme sucesso em “garimpar” jogadores desconhecidos e seus técnicos ficam mais de dois anos no cargo. Além disso, aproveitando sua enorme torcida, investe pesadamente em marketing e dobra sua receita.

É o São Paulo? Não, o Corinthians.

Quem diria...Realmente, o futebol é dinâmico. A boa notícia é que esse exemplo, somado especialmente ao do Inter-RS (o livro de Belém a Tóquio é espetacular) mostra que, fazendo a coisa certa, o resultado vem, de certa forma, de maneira muito rápida. Basta escolher o caminho.

Para terminar, há um time que não chega a finais nacionais há muito tempo. Nesse “raro” (na história recente) momento mágico, tem-se a oportunidade da “volta” dos melhores laços entre torcida e clube. Uma festa para mais de 60, 70 mil torcedores e/ou uma festa num dos palcos mais tradicionais do futebol onde esse mesmo time já levantou diversos canecos. Esse time pode escolher entre a renda e a grandeza ou a pequenez de escolher um campo pequeno (para facilitar a retranca?) a 30 km de sua sede para satisfazer jogadores que, provavelmente, não conhecem o tamanho da instituição. E o presidente, aceita...

É o Goiás? Não, o Palmeiras.


Por Marcelo, o racional

segunda-feira, 25 de junho de 2012

MAURO CEZAR


O Mauro Cezar leu o Prisco Palestra




"Quatro finalizações no alvo, três gols. Dois cruzamentos certos, um deles gerou gol. Total de 48 rebatidas, 18 faltas e 21 desarmes certos após 90 minutos em que a posse de bola foi do adversário por 55% do tempo. Números da vitória do Cruzeiro sobre o até então invicto Vasco, que era líder, mas o time Celeste lhe tirou a primeira posição. A liderança do Campeonato Brasileiro será do Cruzeiro pelo menos por uma semana. Nem parece a equipe eliminada pateticamente da Copa do Brasil e do estadual. Reflexo de (mais) um bom trabalho do mais estereotipado treinador do país.

Celso Roth levou um limitado Atlético Mineiro à liderança da Série A em 2009, mas as pessoas praticamente só lembram que o time não foi à Libertadores, como se o elenco fosse forte o bastante para tal. Roth também conquistou a Libertadores com o Internacional em 2010, mas esse fato foi quase que deletado da memória de muitos, que lembram apenas do Mazembe, algoz do Colorado no Mundial de Clubes. Sim, ali o time gaúcho protagonizou o mais vergonhoso papel de uma equipe brasileira na curta história do torneio chancelado pela Fifa. Mas só ele teve responsabilidade?

Todo técnico tem altos e baixos. Nem Muricy Ramalho escapa, apesar de quatro vezes campeão brasileiro nos seis últimos anos e também atual detentor do título da Libertadores. Imaginem se fosse Roth o técnico do Santos, um time sem conjunto, apoiado no talento de Neymar e eliminado do torneio internacional pelo Corinthians na quarta-feira. Mas o "professor" derrotado foi Muricy, superado por Tite, outro técnico que não é grife, mas atualmente desenvolve trabalho superior ao de muitas estrelas da prancheta. Os dois não são geniais, mas sofrem com ideias preconcebidas.

Os técnicos de futebol supervalorizados nem sempre merecem o status a eles atribuído. Mas alguns contam com a boa vontade e a tolerância da mídia. Outros sofrem marcação implacável, mesmo que façam boas campanhas. Como Cristovão Borges, vaiado (de novo) em São Januário por vascaínos. Como se ele comandasse um elenco comparável ao do Real Madrid e não conseguisse fazer do Vasco um invencível esquadrão. Fato: seu aproveitamento desde que assumiu o cargo supera os atuais trabalhos de Muricy, Abel Braga, Felipão e Tite. Mas e daí? Ele não é medalhão.

Por conta de ideias assim, técnicos em baixa, em declínio, mantêm salários elevados como se ainda fossem os maiorais. Parte da torcida, dos dirigentes e da imprensa parece gostar de grifes, mesmo que fora de moda. É a cafonice futebolística no universo dos "professores". Se o Cruzeiro ficar no meio da tabela daqui a pouco, alguns dirão que Roth é fraco, "cavalo paraguaio" etc. Incapazes de entender que o elenco do Cruzeiro, hoje, é mediano mesmo. E que sem ele talvez estivesse entre os últimos. Basta lembrar o futebol apresentado antes da chegada do atual treinador.

Mas para que isso? É mais fácil se agarrar aos rótulos. Dá menos trabalho e é um discurso velho que ainda convence muita gente. Se você gosta de consumir esse tipo de "reflexão", vá em frente.

Mauro Cezar Pereira, colunista do Estadão/ESPN"


Por Marcelo, o racional

domingo, 24 de junho de 2012

CHEGAMOS



Caros Amigos,

Chegamos!!

Sem Kleber, sem Marcos e com pouco Valdivia, chegamos!!

Com Messi Black, com Arthur, com Bruno, com Juninho, entre outros, chegamos!!

Obrigado, Acaso Divino!!

É apenas uma final, claro, mas, mais uma vez, o futebol nos sinaliza qual caminho devemos percorrer.

Quanto à final em si, jogos duríssimos. O Coritiba, a rigor, está jogando mais que a gente. Porém, camisa ainda pesa e nosso time parece ter aprendido que com boa organização tática e disciplina pode vencer qualquer adversário no país.

Que chegue logo o dia 11!


Por Marcelo, o racional



E ASSIM CAMINHA A MEDIOCRIDADE


Caros Amigos,
Os jogos da semi brasileira na Libertadores nos deixaram, pelo menos, duas lições.
A primeira é que não é preciso gastar milhões com medalhões para se conseguir o objetivo. O mediano (dito até pelo diretor de Marketing do rival) Corinthians de Tite já traz no currículo, em pouco mais de um ano e meio um 3º lugar no Brasileiro de 2010 e o título em 2011, além do vice Paulista em 2011, além de, no mínimo, um vice sul-americano. Nada mal para o time que tem. Dentro do mesmo ponto, outro paradigma está sendo quebrado, ou seja, que sob pressão, apenas jogadores experientes podem dar conta do recado. A dedicação, seriedade, motivação e trabalho ainda são mais importantes que grife e preconceitos.
O outro ponto é sobre a necessidade de se reciclar o futebol brasileiro, especialmente no que se refere a técnicos. É difícil discordar da informação que o Muricy é um dos três melhores técnicos do país, senão o melhor. Difícil também discordar que o Santos é um dos três melhores times do Brasil, senão o melhor. Focando, portanto, no Santos de Muricy, três partidas em especial me chamaram a atenção. A primeira foi contra o Barcelona. Longe aqui de se exigir uma vitória, nada disso, mas o Santos soubera por seis meses que enfrentaria o melhor time do mundo. Definitivamente, não dá para enfrentar o Barcelona da mesma maneira que você enfrenta o Linense. Esperava-se alguma novidade tática ou de postura para esse jogo especial. O que vimos? Nada.
Passados seis meses, dois jogos contra o Corinthians. Principalmente depois dos dois jogos contra o Vasco, era evidente qual seria a postura do alvi-negro da Capital. A famosa duas linhas de quatro atrás da linha da bola. No primeiro jogo, foram “surpreendidos” na Vila. Era de se esperar, portanto, que, no segundo jogo, algo de diferente fosse proposto. O que vimos? Nada. A mesma sucessão de chuveiros e bola para o Neymar tentar resolver.
Isso, lembrem-se, aconteceu com o melhor time e técnico do Brasil, imaginem com o resto...
Chega a ser lamentável a pobreza de imaginação dos profissionais no futebol. De dirigentes à comissão técnica é mais do mesmo. Só isso explica a presença de Galeanos da vida em funções administrativas em clubes de futebol. Só isso explica um rodízio infernal de técnicos nos clubes, sendo sempre os mesmos, com as mesmas idéias.

Para quem acompanha futebol internacional, fica claro que a maioria dos times busca seguir o exemplo do Barcelona de um futebol mais arejado e ofensivo. O exemplo principal é a EURO desse ano que vem nos brindando com ótimos jogos.
No Brasil, tudo na mesma. Nossos dirigentes pagam fortunas sem exigir retornos adequados.
Como diria Chico Lang, no início de carreira nos anos 80, na extinta Folha da Tarde:
“E assim caminha a mediocridade...”


Por Marcelo, o racional


INEXPLICÁVEL

Senão vejamos:

Nessa semana NENHUM jornal mencionou que a situação vivida pelo Curintcha não era novidade para eles. Em 2000, precisavam de um empate contra o Verdão para irem à final inédita da Libertadores. Todos lembram o que aconteceu.

Simplesmente, ninguém falou do penalti perdido pelo Marcelinho contra o Santo. Era o medo da zica....o importante era tratar tudo como se fosse a primeira vez pra não trazer mau agouro.

Funcionou. Parabéns gloriosa mídia.

Em compensação, na noite anterior ao nosso jogo contra o Grêmio, ligo a TV e vejo os gols do Goiás na semifinal da sulamericana do ano passado, com direito à imagem do garoto chorando no Pacaembú. E a manchete do glorioso JT no dia do jogo qual seria: "redenção ou crise".

E isso porque ganhamos o jogo da ida por 2 x 0......nem assim para ser dado um viés positivo.

Isso sem falar que durante a semana devo ter lido umas 400 vezes que faz mais de uma década que não disputamos final de torneio nacional. Agora vamos ter que ver aqueles 6 x 0 do ano passado umas 600 vezes até a final. Preparemo-nos.

Aliás, já começou o processo para se tentar demostrar que o Henrique merecia ser expulso.

Por falar nisso, parabéns duplo:

Ao bandeirinha do jogo, que conseguiu expulsar o Henrique depois de muito esforço e perseverança até conseguir convencer o árbitro. Deve ser irmão da figura patética do bandeirinha do jogo de ontem no Pacaembu, aquele que comemorou o gol do Curintcha.

Ao Sr. Luiz Ademar, comentarista do Sportv. Sim, ninguém sabe quem é, mas infelizmente permitem que ele fale ao microfone durante os jogos. Em uma demonstração de personalidade ímpar e apuração jornalística, ao ser perguntado há cerca de 2 semanas atrás quais seriam os finalistas da Copa do Brasil, o torcedor, quer dizer, jornalista, cravou "São Paulo x Grêmio".

Como diz o Paulo Cézar Caju em sua coluna do JT ( a única coisa prestável da folha esportiva desse jornal, conduzida pelo inimputável Luiz Antônio Prósperi), "ter que ler o que esses especialistas que nunca chutaram uma laranja na vida escrevem é um martírio".


Por Rogério, o crítico

terça-feira, 12 de junho de 2012

PARÁBÉNS, ACASO DIVINO!


Caros amigos,

A imprensa não noticiou, mas há cerca de 10 meses temos um novo presidente no Palmeiras!! Tendo em vista a incompetência do ex-presidente Tirone, o novo presidente Acaso Divino, parente do inesquecível camisa 10 da Academia, tomou posse e já fez mais que os presidentes dos últimos 40 anos...

Diferentemente dos outros presidentes, Acaso Divino já atuou com o intuito de equilibrar o caixa do Palmeiras, tirando jogadores de altos ganhos e retornos duvidosos. Primeiramente, Acaso Divino contratou vândalos para criar confusão em frente ao Palestra e, após o episódio, Kleber, o Traidor, deixou o clube. Posteriormente, Acaso Divino contou com a ajuda do tempo, que é implacável, e aposentou o goleiro que desde 2002 fazia uma média de 25 partidas por ano. Finalmente, Acaso Divino, aproveitando o descalabro da Segurança Pública em SP, facilitou a vida de seqüestradores e Valdivia deve deixar o clube embreve. Apenas nessas 3 ações, o clube economizará cerca de R$ 12 MM/ano que pode ser revertido em inúmeras possibilidade de gastos (marketing, profissionalização, redução de dívida, contratação de jogadores comprometidos, etc...).

Acaso Divino ainda tem muito a fazer. Que o mandato dele não termine nunca. Ele talvez seja nossa última esperança...


Por Marcelo, o racional

domingo, 3 de junho de 2012

RONALDINHO GAÚCHO


O Prisco Palestra antecipou


Caros Amigos,

Os medalhões continuam causando estragos aos clubes. Mais um...


RIO - Esta quinta-feira marca ofim do relacionamento entre Ronaldinho Gaúcho e o Flamengo. O jogador ingressou pela manhã com ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiropara deixar o clube e cobrar R$ 40.177.140,00 de indenização por quebra de contrato, já que o clube não vem lhe pagando salários. A sentença favorável ao jogador foi dada pelo juiz substituto da 9ª Vara do Trabalho, segundo informou o colunista do GLOBO Ancelmo Gois em seu site (saiba mais aqui). A decisão diz ainda que o clube não recolheu o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de Ronaldinho.
— Ronaldinho teve ocontrato rescindido judicialmente, tudo ocorreu tranquilo, em paz, como nós esperávamos — informou, em entrevista na TV, a advogada Gislaine Nunes, contratada pelo jogador.
Por intermédio de nota no site oficial do Flamengo, a presidente Patrícia Amorim demonstrou surpresa com a forma como as coisas se encaminharam: "Sempre tratamos os assuntos relacionados ao Ronaldinho em alto nível e internamente. Não esperávamos uma atitude como essa. Agora, o caso está nas mãos de nosso departamento jurídico, que irá tomar todas as medidas legais para proteger os interesses do Flamengo. O clube é maior do que qualquer pessoa e vai ser assim para sempre", afirmou a dirigente.
Na mesma nota, o vice-presidente jurídico do clube, Rafael De Piro, explicou que existe uma grande diferença entre o valor pedido pelo jogador na Justiça e o montante reconhecido pelo Flamengo. "Esse valor divulgado é absurdo. Vamos nos interar do processo e vamos nos posicionar melhor", declarou.
De Piro aproveitou para darestocadas no jogador: "Só fica aqui quem quer jogar, quem quer vestir a nossa camisa. Relevamos durante todo esse tempo em que o Ronaldinho esteve aqui seus atos de indisciplina e nunca tivemos uma contrapartida desse ato. Sem dúvida, o Flamengo ficará melhor daqui para a frente", encerrou.
A saída de Ronaldinho deve criar um embate jurídico entre clube e jogador. O Flamengo alega que os salários do atleta estão em dia e reconhece que há dívida sobre os direitos de imagem, que eram pagos pela Traffic e foram assumidos pelo clube desde janeiro deste ano. Ao falar em atos de indisciplina, De Piro dá indícios de qual deve ser sua linha de atuação na Justiça, cobrando de Ronaldinho Gaúcho por descumprimento de contrato.
Tensão ao longo de todo o dia
O ambiente esquentou já namadrugada desta quinta-feira. O vice de futebol, Paulo César Coutinho, revelou, em conversa com torcedores em Teresina, que foi gravada por um deles e parou no You Tube (veja o vídeo acima), que o craque tinha sido afastado.Também no Piauí, onde o time enfrenta uma seleção do estado na noite desta quinta, o diretor defutebol, Zinho, disse que Coutinho tinha se precipitado e que qualquer decisão só seria tomada quando a delegação voltase ao Rio de Janeiro.
— Vou ouvir as explicações(do jogador) e em cima disso tomar a decisão. No momento, o Ronaldo é jogadordo Flamengo — garantiu Zinho em entrevista coletiva no fim da manhã.
Ronaldinho não foi visto no Flamengo durante toda a semana. Ele não se reapresentou na manhã de terça no Ninho do Urubu, após a folga de segunda, porque tinha sido liberado para acompanhar, em Porto Alegre (RS), o tratamento de saúde da mãe, dona Miguelina. Na quarta ele teve, segundo o clube, liberação para continuar no Sul e por isso não viajou com os companheiros para o Nordeste. Ele teria escutado de Zinho que ficasse à vontade e decidisse quando se sentiria bem para voltar ao trabalho.Mas não entrou mais em contato.
Na conversa com os torcedores, Paulo César Coutinho reclamou da postura do atacante no caso.
— Se ele ligasse: “Coutinho, estou mal de cabeça pelo caso da minha mãe”. Eu iria falar: “Pode segurar a onda”. Agora, não aparecer e não dar nenhuma satisfação?! Acabei de falar com a presidente do Flamengo. Já está afastado. Patricia pediu para se desculpar com o povo do Piauí — afirmou o vice defutebol na conversa registrada em vídeo com um aparelho celular.
Durante o diálogo, Coutinho se referiu ao jogador com um palavrão.
— Quem você acha que vai ganhar? O Flamengo tem 100 anos. O Ronaldinho não joga p... nenhuma.
Depois da repercussão do vídeo, Coutinho voltou atrás. Aos jornalistas, em Teresina, confessou que não havia conversado com a presidente Patrícia Amorim, ao contrário do que dissera aos torcedores.
— Na verdade não tinha falado com ela. Exagerei, errei e peço desculpas à minha presidente. Vamos conversar a respeito e depois tomar uma decisão. Decisão que não cabe a mim, mas à presidente. Eu me sinto à vontade para continuar — disse.
Crise se arrasta há tempos
Desde janeiro deste ano o Flamengo arca sozinho com o pagamento do salário de Ronaldinho. No fim de 2011, insatisfeita com o clube e à espera de uma assinatura de contrato para formalizar a parceria, a Traffic, empresa que bancava mais da metade dos vencimentos do jogador, interrompeu o pagamento da sua parte. O Flamengo quitou o que ficou para trás e assumiu por sua conta dali para frente. Mas não teve recursos para manter o pagamento em dia. O clube diz que deve pouco mais de R$2 milhões, mas Assis, irmão e empresário do jogador, costuma afirmar que o valor chega aos R$ 5 milhões.
Paralelo à questão financeira, o baixo nível técnico apresentado pelo jogador em campo foi aumentando a crise e tornando a relação com o clube e a torcida mais difícil. Sem conseguir boas atuações e bastante contestado, Ronaldinho falou em abril pela primeira vez, ainda que veladamente, sobre a possibilidade de ir embora. Na ocasião, disse, após a vitória por 2 a 1 sobre o Vasco que garantiu o time na semifinal da TaçaRio, que esperava sair pela porta da frente (relembre aqui). As eliminações na Libertadores e no Campeonato Carioca geraram ainda mais desgaste.
Há dez dias o Flamengo viveu uma situação constrangedora e inusitada com Assis, o irmão e empresário de Ronaldinho. Ele entrou na loja da sede da Gávea e levou 25 camisas oficiais e outros artigos licenciados, num incidente que precisou da interferência dovice-presidente de Finanças do clube, Michel Levy, que intermediou com o fornecedor de material esportivo a liberação do material (relembre aqui). Na ocasião, o colunista do GLOBO Renato Maurício Prado chamou a atitude de Assis de "cafajestada vergonhosa" e comentou no blog RMP que o Flamengo tinha virado "casa da mãe Joana".
No sábado passado, no empateem 3 a 3 com o Internacional, no Engenhão (veja fotogaleria), Ronaldinho, ao ser substituído pela primeira vez desde que otécnico Joel Santana assumiu o comando do time, em fevereiro, saiu de campo debaixo de muitas vaias. Não se manifestou e também não retornou mais aoFlamengo.
Dezessete meses de relacionamento
Ronaldinho Gaúcho chegou à Gávea no início de 2011, após o Flamengo vencer uma disputa com Grêmio e Palmeiras por sua contratação junto ao Milan (veja galeria de fotos da trajetória dele no rubro-negro).
— Agora eu sou Mengão!— bradou Ronaldinho ao microfone na festa para recebê-lo, diante de uma multidão de 20 mil pessoas, com direito a bateria da escola de samba Mangueira e várias celebridades, em 12 de janeiro daquele ano (relembre aqui).
No primeiro semestre de 2011, embora sem o destaque esperado, conquistou o título invicto do Estadual e teve um bom início de Campeonato Brasileiro, com destaque para os três gols navitória marcante de virada sobre o Santos por 5 a 4, na Vila Belmiro (veja os gols).
A partir do segundo semestre, no entanto, caiu de rendimento, ao mesmo tempo em que começava a novela nos bastidores sobre o seu pagamento. A conhecida inclinação pela noite gerou situações constrangedoras para o clube, que se eforçava em disfarçar notícias de que o craque se apresentava ao Ninho do Urubu sem condições de treinar.
No início de 2012, Ronaldinho entrou em atrito com o técnico Vanderlei Luxemburgo, que pedia à direção doclube providências para punir a falta de disciplina do jogador. A essa altura Ronaldinho já vivia uma rotina de dispensas de treinamento, especialmente na parte da manhã. O jogador venceu a queda-de-braço com Luxemburgo, que foi demitido no início de fevereiro.
Joel Santana assumiu o time com discurso conciliador. Mas nem "Papai Joel", conhecido por seu estilo boleiro, amigo-de-jogador, suportou. O técnico dava sinais visíveis de insatisfação com seu camisa 10. Depois de pronunciar que "craque é craque" e que Ronaldinho era intocável, por sua condição de extra-série, o treinador parece ter mudado de ideia ao sacá-lo do jogo contra o Internacional. Naquele momento, mesmo que ninguém ainda soubesse, o gesto de Ronaldinho de camihar para fora das quatro linhas, para dar lugar a Deivid, acabaria se tornando a imagem derradeira de uma relação que começou apoiada num lindo sonho de verão e se transformou em pesadelo.



Por Marcelo, o racional

CARTA ABERTA


Caros Amigos,

Carta aberta ao presidente Tirone

Caso o Palmeiras concretize a contratação do ex-atleta Ronaldinho, esse colaborador deixa, em caráter irrevogável, de colaborar com o Prisco Palestra.

Sem mais,

Marcelo, o racional

sexta-feira, 25 de maio de 2012

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

MP abre ação contra Kassab, Corinthians, Odebrecht e pede multa de R$ 1,74 bi
 
Roberto Pereira de Souza
Do UOL, em São Paulo MP vê improbidade administrativa na concessão de incentivos fiscais ao Itaquerão

  • MP vê improbidade administrativa na concessão de incentivos fiscais ao Itaquerão
O promotor Marcelo Camargo Milani (Patrimônio Público) ingressará nesta sexta-feira pela manhã com uma ação civil contra o prefeito Gilberto Kassab (PSD) por improbidade administrativa no processo da obra do Itaquerão. Segundo o documento, o mandatário renunciou a R$ 42 milhões, que deixaram de ser arrecadados pelo Município, como cota de 5% de ISS, sobre o valor da construção do estádio.
Se a ação for aceita pela Justiça da Capital de São Paulo, o prefeito ficará inelegível até o fim do processo. Além da Prefeitura, o Corinthians, a construtora Odebrecht, a Arena Fundo Imobiliário e a BRL Trust (gestora do F.I.) também serão enquadrados como réus solidários até no pagamento de multa estipulada em R$ 1,74 bilhão.
A proposta de ação, contra os responsáveis pelo Itaquerão, foi divulgada no momento em que a construção do Itaquerão chega ao 12º mês. A conclusão da obra está prevista para dezembro de 2013 para ser sede de abertura da Copa 2014. Mas o promotor não parece preocupado com as planilhas dos engenheiros da Odebrecht:
“A construção é ilegal, a cessão do terreno é ilegal e a concessão dos incentivos fiscais também está fora lei. O Corinthians não é dono de nada”, disse o promotor Camargo Milani, quinta-feira à noite, enquanto anexava documentos que serão enviados à Justiça.
Milani comentou que “a obra é uma ação entre amigos em prejuízo do povo, que pagará a conta”.
O vice presidente do Corinthians e um dos principais responsáveis pela construção do Itaquerão, Luis Paulo Rosenberg, falou por telefone com UOL Esporte e fez algumas perguntas.
“Por que isso agora? É uma obra importante para o Governo Federal, Estadual. Vou esperar a citação e me inteirar do conteúdo. Multa de R$ 1,7 bi? Por quê?”, questionou Rosenberg.
Questionada sobre a ação de improbidade administrativa proposta pelo MP, a assessoria de Kassab disse que a “Prefeitura prestará todos os esclarecimentos quando receber a intimação do MP”. A assessoria da construtora Odebrecht também vai aguardar “a citação oficial para prestar qualquer esclarecimento sobre o assunto”.

CONCORRÊNCIA SIMULADA

  • Robson Ventura/Folhapress Em março deste ano, a prefeitura de São Paulo abriu uma concorrência para projetos de construção de um estádio na zona leste da capital paulista interessados em receber incentivo fiscal de R$ 420 milhões. O problema é que, da forma como a licitação foi aberta, só o Corinthians e a empreiteira Odebrecht tinham chance de vencer. LEIA MAIS
Para o promotor Milani, as respostas estão em seu texto a ser enviado, nesta sexta-feira, à Justiça.
“O prefeito cometeu improbidade administrativa ao renunciar a R$ 42 milhões, que deixaram de ser arrecadados pelo Município, como cota de 5% de ISS, sobre o valor da obra. Esse valor deveria ser pago pela Odebrecht, pela Arena Fundo Imobiliário e pela BRL Trust. Esse dinheiro tem que voltar para a Prefeitura”, disse o representante do MP. “Por que motivo o prefeito concedeu esse benefício à construtora Odebrecht?”
O MP denuncia a falta de um estudo isento de impacto orçamentário como determina a Lei de Diretrizes Orçamentárias para a concessão dos incentivos.
“Antes de optar pela isenção fiscal, o prefeito deveria fazer um estudo orçamentário detalhado do impacto da ausência desse dinheiro nos cofres públicos. A prefeitura não fez esse estudo. A isenção deverá ser compensada por outras receitas, nem que seja a criação de um novo imposto”, explicou Milani.
Outro aspecto crítico na captação do dinheiro para a construção do Itaquerão é a emissão do títulos públicos (CIDs), de incentivo a projetos realizados na zona leste.
A venda dos títulos municipais faz parte da engenharia financeira montada para financiar o Itaquerão. O projeto para 48 mil pessoas custará R$ 820 milhões, captados da seguinte maneira: R$ 400 milhões como empréstimo junto ao BNDES e R$ 420 milhões com a venda dos CIDs.
“Antes de licitar, a Odebrecht e o Corinthians já falavam que usariam R$ 420 milhões dos CIDs. Isso é ilegal, inconstitucional. É um engodo para burlar não só a Constituição Federal, bem como a lei de licitações e a lei de responsabilidade fiscal”, enfatiza o promotor em sua petição.
As obras do estádio começaram em 30 de maio de 2011, mas o projeto de lei de incentivos fiscais foi aprovado em 22 de junho do ano passado. Em depoimento, o vice-presidente do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, confirmou que o CID seria usado na obra (bem antes da licitação que escolheria a Odebrecht como beneficiária).
“O estudo de viabilidade econômica foi feito por uma empresa privada e não pela Prefeitura. Como não foi feito por órgão público, temos o desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal e a improbidade administrativa”, falou o promotor Milani.
O promotor pede que a Justiça conceda liminar para a cobrança imediata dos R$ 42 milhões devidos pelo que chama de “renúncia fiscal ilegal”.
“Fixei um valor de R$1,74 bi de multa e peço à Justiça a cobrança imediata do Imposto sobre Serviço que Kassab não quis receber da Odebrecht”, conclui Milani.

MPF também será comunicado
O promotor confirmou também que vai enviar ofício ao Ministério Público Federal. “O MPF pode abrir uma investigação sobre o financiamento da obra pelo BNDES, que está analisando pedido de empréstimo no valor de R$ 400 milhões. A BRL Trust, gestora do fundo, foi aberta em 2011 com capital de R$ 600 mil. Como uma empresa com menos de um ano de vida pode cuidar de uma obra de R$ 1 bilhão? ”, questiona Milani.
O promotor usa a ação de improbidade administrativa para questionar também a cessão real de uso do terreno (CDRU), desde 1988. A lei assinada por Jânio Quadros prevê a retomada da área pela prefeitura, caso o Corinthians não cumpra o acordo judicial para entrega de contrapartidas.
Como há atraso na entrega de contrapartidas, um acordo judicial foi assinado em maio de 2011, fixando o valor de R$ 12 milhões nas ações sociais devidas. O primeiro lote de ações (semestrais) não foram aceitas pela promotoria de Urbanismo.
“Por isso, o Corinthians está em débito e o terreno pode, sim, ser retomado pela Prefeitura”, explicou Milani.


***Nota do editor; o UOL somente faz essa matéria com destaque porque o alvo é o corinthians...fossem os amigos do Jardim Leonor, estaria no cantinho, em letras miúdas, em tom bem menos agressivo. O mesmo ocorreria se fosse com o Palmeiras.