domingo, 24 de junho de 2012

E ASSIM CAMINHA A MEDIOCRIDADE


Caros Amigos,
Os jogos da semi brasileira na Libertadores nos deixaram, pelo menos, duas lições.
A primeira é que não é preciso gastar milhões com medalhões para se conseguir o objetivo. O mediano (dito até pelo diretor de Marketing do rival) Corinthians de Tite já traz no currículo, em pouco mais de um ano e meio um 3º lugar no Brasileiro de 2010 e o título em 2011, além do vice Paulista em 2011, além de, no mínimo, um vice sul-americano. Nada mal para o time que tem. Dentro do mesmo ponto, outro paradigma está sendo quebrado, ou seja, que sob pressão, apenas jogadores experientes podem dar conta do recado. A dedicação, seriedade, motivação e trabalho ainda são mais importantes que grife e preconceitos.
O outro ponto é sobre a necessidade de se reciclar o futebol brasileiro, especialmente no que se refere a técnicos. É difícil discordar da informação que o Muricy é um dos três melhores técnicos do país, senão o melhor. Difícil também discordar que o Santos é um dos três melhores times do Brasil, senão o melhor. Focando, portanto, no Santos de Muricy, três partidas em especial me chamaram a atenção. A primeira foi contra o Barcelona. Longe aqui de se exigir uma vitória, nada disso, mas o Santos soubera por seis meses que enfrentaria o melhor time do mundo. Definitivamente, não dá para enfrentar o Barcelona da mesma maneira que você enfrenta o Linense. Esperava-se alguma novidade tática ou de postura para esse jogo especial. O que vimos? Nada.
Passados seis meses, dois jogos contra o Corinthians. Principalmente depois dos dois jogos contra o Vasco, era evidente qual seria a postura do alvi-negro da Capital. A famosa duas linhas de quatro atrás da linha da bola. No primeiro jogo, foram “surpreendidos” na Vila. Era de se esperar, portanto, que, no segundo jogo, algo de diferente fosse proposto. O que vimos? Nada. A mesma sucessão de chuveiros e bola para o Neymar tentar resolver.
Isso, lembrem-se, aconteceu com o melhor time e técnico do Brasil, imaginem com o resto...
Chega a ser lamentável a pobreza de imaginação dos profissionais no futebol. De dirigentes à comissão técnica é mais do mesmo. Só isso explica a presença de Galeanos da vida em funções administrativas em clubes de futebol. Só isso explica um rodízio infernal de técnicos nos clubes, sendo sempre os mesmos, com as mesmas idéias.

Para quem acompanha futebol internacional, fica claro que a maioria dos times busca seguir o exemplo do Barcelona de um futebol mais arejado e ofensivo. O exemplo principal é a EURO desse ano que vem nos brindando com ótimos jogos.
No Brasil, tudo na mesma. Nossos dirigentes pagam fortunas sem exigir retornos adequados.
Como diria Chico Lang, no início de carreira nos anos 80, na extinta Folha da Tarde:
“E assim caminha a mediocridade...”


Por Marcelo, o racional


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