1) Copa São Paulo
No link acima, a globo dá destaque para a eliminação do "atual campeão" Flamengo, da Copa São Paulo de Juniores e finaliza a matéria dizendo que a vitória do Palmeiras foi apenas modesta, apesar de ter se classificado.
Não estivesse comprometida com o grupo Ricardo Teixeira, Andres Sanchez e Ronaldo, e a promover escandalosamente a imagem dos Gambás, a toda poderosa do jornalismo brasileiro teria informado à seleta platéia que o Verdinho classificou-se com 10 gols a favor e nenhum contra.
2) Eleição da FIFA
Demonstrando nítida síndrome de vira-lata, a Globo deu muito mais destaque ao prêmio de consolação conquistado por Neymar (Prêmio Puskas) do que ao tricampeonato de Messi.
Observando o noticiário internacional, pouca ou quase nenhuma menção ao gol premiado.
Esse ufanismo com o fraco futebol brasileiro me faz lembrar da época militar (conforme mostram os livros) e da milenar política do pão e circo.
3) Vergonha
Mesmo não tendo relação direta com futebol, mas sim com a Globo, vale destacar a conduta vergonhosa da maior emissora de TV do Brasil, copiando matéria do amigo e conceituado repórter palmeirense Rodrigo Hidalgo:
Globo dá como exclusiva matéria premiada da Band
EMISSORA
CARIOCA EXIBE REPORTAGEM SOBRE FRAUDES EM BOMBAS DE GASOLINA, CLONADA DE MATÉRIA
DA BAND; HISTÓRIA QUE RENDEU MENÇÃO HONROSA DO PRÊMIO ESSO 2011
À EMISSORA DE JOHNNY SAAD RESSURGE NO
FANTÁSTICO COMO INÉDITA; SAIBA OS BASTIDORES
Uma reportagem especial exibida pelo Fantástico,
nesse domingo, ganhou menção honrosa, em dezembro de 2011, do Prêmio Esso, a
mais antiga e tradicional láurea do jornalismo brasileiro. Mas como pode uma
reportagem antecipar-se a si mesma, e ganhar um prêmio antes mesmo de ser
concebida? Estaremos loucos? Ou a famosa “dobra temporal”, de Einstein, teria
enfim se confirmado pelo atalho do jornalismo? Nem um, nem outro: trata-se de um
rematado exemplo da famosa “Da Recortagem Local”: a reportagem especial do
Fantástico, sobre fraudes em bombas de gasolina, na verdade foi clonada, como
mau combustível, da original: que foi exibida a partir de fevereiro de 2011 pela
TV Bandeirantes, no Jornal da Band.
O
Fantástico, triunfalmente, narrou ontem que era a primeira vez que uma denúncia
assim ia ao ar na TV brasileira: OK, afinal a festa é sua, é de quem quiser.
E,
por falar em mentiras, verdade seja dita: quem produziu a reportagem do
Fantástico foi o mais premiado jornalista da TV brasileira: Eduardo Faustini, de
resto o principal membro da equipe da qual participava o finado Tim Lopes. O
Brasil 247 apurou que Faustini, reconhecido até na CNN pela sua expertise em
infiltrações, foi forçado pela direção da Globo a cumprir uma pauta tão
requentada quanto o café do morro Dona Marta.
Faustini
sabe onde pisa: foi ele que se fez passar como secretário municipal de uma
prefeitura carioca, há alguns anos, e filmou toda a oferta de propina que
recebeu. Levou um Esso, também para o Fantástico.
O
ano de 2012 marca os dez anos do assassinato de Tim Lopes, ex-companheiro de
equipe de Faustini. A Globo teme que em junho, quando completam-se dez anos do
assassinato de Tim, surja algum livro especulando que ele tenha sido induzido
pela emissora a voltar várias vezes ao mesmo local: onde investigava criminosos,
que o acabaram identificando e matando.
Da
mesma forma que a pressão por furos levou Tim Lopes à morte, agora a pressão por
“exclusividade”, mesmo que clonada, conduziu o maior produtor brasileiro,
Eduardo Faustini, a um erro -- que ele, conhecedor de tudo que é, jamais teria
cometido caso não tivesse sido pressionado pela emissora.
E
o pior: o telespectador da Globo ficou privado de saber que o repórter especial
da TV Bandeirantes, Rodrigo Hidalgo, é o autêntico autor do furo sobre o tema,
que lhe rendeu o Prêmio Esso, há um mês. Assista aqui à reportagem original de Rodrigo Hidalgo, ganhador do
Esso, exibida em fevereiro de 2011. E compare
aqui a clonagem das
bombas de combustível exibida neste domingo, 8 de janeiro de 2012, pelo
Fantástico.
Bastidores
Já
na sexta-feira, quando o Fantástico passou a fazer chamadas sobre o “furo”, na
programação da Globo, a direção da TV Bandeirantes se tocou dos altos teores de
octanagem do clone: e, no sábado, o Jornal da Band repetiu a reportagem premiada
de Rodrigo Hidalgo. Elegante, a Bandeirantes limitou-se ao silêncio, sem dar
recibos, e se ateve a repassar o material original: sem ilações ou comentários
mínimos.
Trata-se
de um filme antigo: afinal Chacrinha, o velho guerreiro global, estabeleceu que
“na TV brasileira nada se cria, tudo se copia”. Ou talvez a plenipotente direção
da Globo tenha induzido seus melhores repórteres a erro depois de ter lido a
biografia de Steve Jobs. No livro, lá pelas tantas, Jobs escreve que sua frase
predileta era a de Picasso segundo a qual “artistas bons copiam ideias, grandes
artistas roubam ideias”.
A
crônica do furo da TV Bandeirantes é a seguinte: em fevereiro de 2011 o Jornal
da Band, da TV Bandeirantes veiculou uma série de quatro reportagens que revelou
um esquema fraudulento. A equipe de jornalismo investigativo da TV Bandeirantes
obteve informação de um novo golpe para enganar o consumidor. A denúncia era de
que, em muitos postos, a quantidade de combustível cobrada dos motoristas não
correspondia ao que entrava no tanque do carro. Uma fraude milionária e quase
perfeita.
Para
comprovar a denúncia da fonte sem chamar a atenção, a Band montou um sistema
dentro de um carro. Prepararam um mecanismo que desviava, no momento do
abastecimento, o combustível do tanque para um recipiente na parte interna do
veículo. Escolheram postos de forma aleatória em regiões diferentes da maior
cidade do país.
Protegido
pela película escura instalada na kombi, um cinegrafista registrava a imagem da
quantidade real de combustível que entrava. Do lado de fora, o produtor, que se
passava por motorista, conferia na bomba a quantidade que estava indicada. Um
terceiro repórter cinematográfico filmava tudo do outro lado da rua ou dentro de
um carro.
A
equipe da Band levou os cinco recipientes lacrados para o Sindicato do Comércio
Varejista de Petróleo.Com um aferidor oficial, o técnico constatou o golpe. O
consumidor levava menos combustível do que estava marcado na bomba. Conseguiram,
com uma segunda fonte (do mercado de combustíveis), fotos dos dispositivos
mecânicos que são instalados nos equipamentos para o cometimento da fraude. Por
fim, com o recursos da câmera escondida, a equipe conseguiu apurar os detalhes
do esquema, relatados por um corretor de postos, que vende o dispositivo.
Depois
da primeira reportagem da Band, os órgãos de fiscalização foram aos postos e
comprovaram o esquema criminoso. O resultado foi o fechamento de
estabelecimentos e a aplicação de multas. Desde a revelação da denúncia, o
Instituto de Pesos e Medidas, a Polícia Civil e a Agência Nacional de Petróleo
passaram a fazer operações conjuntas para tentar coibir esta fraude.
O
programa Fantástico, da TV Globo apresentou a mesma denúncia como sendo uma nova
revelação. Fez chamadas durante 3 dias( de sexta a domingo). A construção da
matéria é quase igual à da Band. Os repórteres não trouxeram novidade nenhuma. E
no meio da reportagem chegaram a citar. " Você vai ver a denúncia que jamais foi
apresentada na tv brasileira".
Detalhe:
a Band não teve de arrendar um posto em Curitiba, como a Globo fez por dois
meses, para poder constatar as fraudes
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