segunda-feira, 6 de junho de 2011

ANÁLISE

Caros  amigos,

Após mais uma vitória no Brasileirão, queria explorar melhor um assunto que abordamos no dia 10 de janeiro  sob o título “Perspectivas para 2011”. Na ocasião dizíamos: “ Olhando a escalação e sem ponderar influências externas e pressões, penso que esse time, no Brasil, só é flagrantemente inferior ao Inter e ao Santos. Reconheço também que Cruzeiro, Corinthians e Fluminense estão um pouco acima, mas nada gritante.”

De janeiro para cá algumas coisas mudaram, como, por exemplo, o desmanche do Corinthians. Para ilustrar o que penso,  aponto abaixo as escalações dos principais times no último fim de semana:

Corinthians - Júlio César, Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; William, Danilo e Jorge Henrique; Liédson.
Flamengo - Felipe, Leonardo Moura, David, Wellinton e Egídio; Williams, Renato, Petkovic e Bottinelli; Wanderley e Ronaldinho Gaúcho
Grêmio - Marcelo Grohe, Mário Fernandes, Saimon, Rafael Marques e Neuton; Fábio Rochemback e Fernando; Lins, Douglas e Lúcio; Júnior Viçosa.
Cruzeiro - Rafael, Vítor, Gil, Victorino e Éverton; Leandro Guerreiro e Marquinhos Paraná; Wallyson, Montillo e Gilberto; Anselmo Ramon
Inter  - Renan, Nei, Bolívar, Rodrigo e Kléber; Guiñazú e Tinga; Oscar, D’Alessandro e Zé Roberto; Cavenaghi.
Fluminense - Ricardo Berna; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Júlio Cesar; Edinho, Valencia, Deco e Conca; Rodriguinho e Rafael Moura
São Paulo – Ceni, Jean, Rodolpho, Xandão e Juan; Casemiro, Wellington, Marcelinho Paraíba e Lucas; Fernandinho e Dagoberto (contra o Avaí há 9 dias)
Santos - Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Danilo, Arouca e Alan Patrick; Borges e Zé Eduardo. Aqui sim, diferença brutal sem Elano, Neymar e Ganso.
Palmeiras - Marcos, Cicinho, Thiago Heleno, Danilo e Gabriel Silva; Marcos Assunção, Márcio Araújo, Patrick e Luan; Kléber e Wellington Paulista (tirei o Adriano, por definição...)

Ouvindo programas de rádio em geral (humorísticos ou não), a torcida do Palmeiras diz que o time é limitado e que o Felipão faz milagres. Sinceramente, estamos muito abaixo do que vimos acima? Para quem argumenta desfalques na seleção, digo que o Valdivia está no Chile. Quem argumenta a chegada de reforços nos adversários na janela, digo que o Maikon Leite está certo e tem boas chances para Martinuccio e Henrique. Quem argumenta que o banco do Palmeiras é horroroso, digo que no sábado tínhamos Deola, Pierre, Lincoln e Wellington Paulista.

Portanto, está na hora da imprensa e torcida avaliarem melhor as críticas. Pensando dessa maneira, toda a coletividade acredita e desastres contra Goiás e Coritiba ficam todos nas costas de Belluzzos e Tirones, enquanto os jogadores e técnicos, coitados, são pobres vítimas de uma estrutura maior. Aliás, falando em estrutura, tirando o hotel, temos uma das 3 melhores do Brasil e, até onde sei, não temos mais salários atrasados (exceto Lincoln – não é salário, são luvas).

Ao invés de pedir mais jogador, não seria mais útil dar confiança e COBRAR esse time e entender que a liderança não é sorte, mas o fato de, num campeonato absurdamente equilibrado, a liderança é fruto TAMBÉM da qualidade do time, elenco, técnico, estrutura?

Medalhões

Já abordei anteriormente sobre o futebol do Ronaldinho Gaúcho, mas ver a camisa do Flamengo sem patrocínio é a prova que o negócio, para variar, deu água. O dirigente? Ileso, afinal que torcedor questionou a chegada dele? Conclui-se que essas atitudes preservam a popularidade do dirigente, mas ele, antes de mais nada, deveria pensar como um “estadista”, ou seja, o que faz o que é melhor para o clube e não para a torcida.

E quantos medalhões tem o Cruzeiro?

Só para deixar claro, este “post” não argumenta que o Palmeiras é melhor, apenas que está no mesmo nível, talvez um pouquinho abaixo de um ou outro time.

Só para deixar claro “2”, este “post” não diz que os clubes tem que ter só jovens desconhecidos. Eles têm que ter a companhia de Klébers e Valdivias para renderem mais.


Por Marcelo, o racional

Um comentário: