segunda-feira, 2 de maio de 2011

Muita calma nesta hora!

Caros amigos,

Infelizmente,  não deu. Futebol é um esporte peculiar. Jogamos 180 minutos contra o Corinthians nessa ano. Jogamos melhor uns 160. Perdemos um jogo e empatamos outro. É mole?


Sugiro analisarmos o campeonato e o jogo em si. Não gosto muito das análises bipolares, no estilo Machado de Assis – “Aos vencedores, as batatas”. O que quero dizer é que um pênalti a mais convertido não muda ou não deveria mudar o que achamos de um time.

Referente ao campeonato, respeito opiniões contrárias, mas entendo que o Palmeiras fez um grande campeonato, principalmente se levarmos em conta o clima que cercava a diretoria (antiga), jogadores, comissão técnica e torcida.


Além de não corrermos riscos de classificação, lideramos boa parte do certame e, mais importante de tudo, saímos de um catado/bando de jogadores para um time de futebol. Claro que não temos um esquadrão, mas já temos um time que joga de igual para igual com qualquer time do Brasil, exceto, talvez o Santos (que vencemos na Vila).

Não podemos jogar decepções passadas nesse campeonato. Uma coisa é ficar em 10º lugar no Paulista como ocorreu em 2010. Outra é ficar em terceiro, como em 2011. Além disso, sempre digo para quem está descontente com o elenco atual, que isso não é reflexo de 2011, mas de decisões tomadas nos anos anteriores, para o bem e para o mal.

Quanto ao jogo, também fomos bem, levando em conta tudo o que aconteceu e o fato de termos perdido Valdivia e Cicinho. Permitam-me um comentário “engenheiro de obras feitas”. Entendo que apimentar o clássico e gerar um “clima de guerra”, faz sentido para o time em desvantagem técnica ou que tenha que reverter um placar naquele jogo específico. Algo como o Mourinho procura fazer nos jogos contra o Barça (na visão dele, desvantagem técnica) ou o que o Felipão fez em 2000 (cusparada no Edílson – Palmeiras em desvantagem técnica e tinha que reverter a derrota no jogo de ida).


Esse expediente pode anular essas vantagens e gerar um incentivo para a equipe “inferiorizada”. Na minha opinião, o Felipão, em especial, errou na escolha do momento. Ontem, o Palmeiras não estava em desvantagem e tampouco era menos time que o Corinthians. Havia até um ligeiro favoritismo alviverde.

Enfim, de propósito ou não, o Palmeiras jogou de forma diferente. Uma coisa é a raça implacável que o Palmeiras apresentou na Vila, por exemplo. A outra é a “raiva” contra o Corinthians. Deu errado. Respeito as discussões, mas o árbitro acertou nas decisões, exceto no fato de não ter expulsado o Tite. 


E, cá entre nós, antes do jogo temos de “entender” a arbitragem. Saber qual árbitro tolera menos violência, qual o momento do árbitro (pressão palmeirense) e momento do jogo. O Corinthians foi feliz nisso já que após a expulsão do Danilo, inteligentemente “tirou o pé” e nenhum jogador correu risco de ser expulso.

Mesmo com tudo isso, fomos melhores e fomos derrotados só nos pênaltis. Os 2 goleiros, por terem pouca envergadura, não intimidaram os batedores, por isso, o alto índice de acerto.

Apesar de doer muito perder para o arqui rival, bola para a frente. Teremos o reforço de W. Paulista e Maikon Leite e o time saiu aplaudido pela torcida. Temos de aproveitar esses raros momentos de compreensão  e seguir persistindo.


Resumidamente, o que já escrevi em outros “posts”. Manter a base do time por um ou 2 anos contratando 2 ou 3 jogadores para carências pontuais e sempre apostar em jovens valores, nada de medalhões caros e cansados.

Mais importante que isso, é a letargia da atual diretoria. Além de não ouvirmos nada de novo (sócio torcedor, categorias de base, estratégias de marketing), ainda estamos remoendo o assunto da Arena.


Brilhante a matéria paga dos Eternos Palestrinos ontem no Lance. Representa o que pensa a maioria silenciosa. Essa diretoria tem  de representar a instituição Palmeiras e não ficar procurando picuinhas da administração anterior. O papel  dela reflete em campo. Foi só pagar os salários em dia esse ano e fazer uma transição suave e atendendo alguns pedidos do técnico que os resultados começaram a aparecer. 

No curto prazo, precisamos preservar o Felipão. Ele assumiu o papel de política e bastidores. Isso não é papel dele. É da diretoria. E a Arena tem de ser discutida intra-muros, Dio Mio!

Por Marcelo, o racional

2 comentários:

  1. Discordo de ti em relação as expulsões e ao árbitro. O Liédson deveria ter tido o mesmo tratamento dado ao Danilo haja visto que tb entrou com força desproporcional na jogada (inclusive quem se machucou na dividida foi o nosso zagueiro). E com relação a "entender" o árbitro, fica difícil quando o mesmo, tantas vezes questionado em jogos do Palestra, é "sorteado" antes da hora. Está complicado digerir este seu discurso sobre o jogo de ontem. Saudações Alviverdes, Eduardo Franceschini

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  2. Eduardo,

    Também discordei do Marcelo, nosso colaborador, no que se refere a esses dois itens abordados por vc no comentário.

    Ainda assim, a idéia central do texto está correta, na opinião deste Editor-chefe do Blog.

    Um abraço

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