domingo, 6 de novembro de 2011

A DORMÊNCIA DE UM GIGANTE - SUGESTÕES

Caros amigos,

Depois da sequência de posts, estilo marcha fúnebre, onde aparentemente todos são culpados, o que fazer? Esperar o fim e reconhecer que seremos a nova Portuguesa?

Penso que não. A grandeza da torcida, a história e o patrimônio ainda são alicerces que podem nos ajudar na recuperação. Entretanto, claramente, a mudança precisa ser rápida. Diferentemente das décadas anteriores, onde a diferença de receita entre os clubes não variavam 10%, hoje, nosso maior rival ganha cerca de R$ 50 MM a mais por ano em TV, patrocínio e renda. Na prática, são meio bilhão de reais por década, o que vale dizer que enquanto eles especulam contratar o Tevez, a gente tem dificuldade em trazer o Pedro Carmona porque ainda não pagou o Valdivia.

Não vejo saída muito diferente da que será apontada abaixo. Algo que o Botafogo, que tem muitas, mas muitas mais dificuldades vêm fazendo nos últimos anos, meio que no estilo um passo de cada vez. Podemos também imitar o Inter-RS que é protagonista desde 2005 e, lamento dizer, nossos rivais que vem dividindo títulos na última década, cada um a sua forma.

Ou seja, A PRIORIDADE DO PALMEIRAS NO CURTO PRAZO É PENSAR NO LONGO PRAZO.

E aí, tenho que voltar ao primeiro post da série com as sugestões para o novo mandatário. O processo de escolha de dirigentes no Palmeiras precisa ser mais democrático. O Palmeiras é da torcida e não de 300 conselheiros. Sócios e sócios torcedores precisam ser ouvidos. Com isso, legitimado pela maioria, rapidamente remunerar profissionais com 2 pressupostos (serem reconhecidamente palmeirenses e reconhecidamente competentes) nas áreas chaves como marketing, finanças, gestão de atletas, categoria de base, etc. Se são remunerados, serão cobrados por resultados, lógico.

Resultados no longo prazo, reforço. Não se ajusta 40 anos de desmando em um semestre. Com um arcabouço mais profissional e sério, suportar as inevitáveis pressões da torcida. Só que elas serão um pouco menores, já que, numa eleição direta, eles teriam condições práticas de influenciar na escolha dos administradores. Parar com a cansativa história de contratar 40 jogadores por ano e fazer 1 reformulação por semestre. Apesar de futebol ser paixão, tomar decisões lastreadas pelo custo/benefício, algo que um profissional saberia discernir. Nesse contexto, por mais que seja impopular, jamais, jamais traríamos o Valdivia por aquele preço ou recontrataríamos o Pierre pelo dobro do que vendemos. Insistindo num modo de trabalho, num grupo de pessoas, mais cedo ou mais tarde, os resultados chegam.Há vários exemplos para seguirmos.

E, para concluir, investir muito no maior patrimônio do clube que é conquistar mais e mais torcedores. No passado, ter mais torcida era irrelevante. Hoje é fundamental. O dinheiro virá da capacidade de atrairmos mais fãs para nosso amado time. Ações constantes e incisivas. Idéias?

Os profissionais devem ter várias. Se eu de um avião penso em levar alunos do Dante, por exemplo, para visitar o Palmeiras numa tarde interagindo com jogadores, imaginem quem é pago e preparado para isso. Porque não montar quiosques pela cidade com vídeos, fotos do Palmeiras, reforçando sua força? Porque não sortear prêmios para torcedores que vistam nossa camisa, visando mostrar nossa força e orgulho? Porque não fazer um programa de sócio torcedor com vantagens de verdade e experiências únicas como viajar com a delegação, almoçar com os atletas, conversar com ídolos do passado e presente?

Enfim, é isso.
 
Quis, com essa extensa sequência de posts dar uma visão um pouco diferente do lugar comum. Sei que alguns pontos são polêmicos, mas uma coisa não pode deixar de permear o pensamento de todo palmeirense que ama o seu clube. Pedindo permissão para um antigo grupo palestrino, que, confesso, me decepcionou bastante:

“Muda, Palmeiras!

Como torcedor vive de fé, que em 2012 recomecemos a trilhar o caminho da grandeza do Palmeiras!


Por Marcelo, o racional

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