sábado, 15 de janeiro de 2011

Ano Novo?

Caros amigos, começou hoje o Paulistão para o Verdão no aconchegante Paulo Machado de Carvalho. E começou sem a esperada vitória na estreia.

Com os desfalques de Marcos, Valdivia e Gabriel Silva, o Palmeiras foi a campo com Deola, Vitor, Mauricio Ramos, Danilo e Rivaldo; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Tinga e Lincoln; Luan e Kleber.  Foi observado 1 minuto de silêncio, devido ao falecimento de Nicola Racioppi, diretor do Palmeiras dos anos 80.

A administração municipal não aproveitou o recesso do futebol brasileiro e o gramado apresentava muitas falhas, especialmente no meio de campo e nas grandes áreas.

Começa o jogo e aos 3 minutos, num erro de comunicação entre Danilo e Deola, quase Dirceu abre o marcador para o time de Ribeirão. Bola passou raspando a trave. Primeiro susto de 2011 para a torcida que canta e vibra. Aos 7 minutos, em erro de posicionamento da defesa alviverde, Ramon, livre, quase marca de cabeça. Aos 10, Kleber, sempre ele, em jogada de raça, quase põe o Verdão na frente. Felipão plantava Assunção e Araújo e deixava Tinga e Lincoln mais soltos e, por várias vezes, trocavam de posição para confundir a marcação adversária. Do lado do Botafogo, Roberto Fonseca, conhecido técnico das equipes do interior, liberava o lateral Dida para se aproveitar das descidas de Rivaldo, improvisado na posição.

Aos 19, Tinga e Luan tabelaram com qualidade e o meia do Palmeiras acertou um belo chute de fora de área, espalmado por Julio César. O Palmeiras passa menos sustos e Mauricio Ramos quase anota, concluindo cobrança de escanteio aos 21. Aos 30, os apagados Vitor e Lincoln tabelam e o lateral chuta à direita do goleiro. Aos 40, Assunção quase faz um  gol olímpico. Aproveitando-se de um vacilo de Maurício Ramos, Assisinho assusta o Verdão aos 43.

Nesse primeiro tempo, os assistentes que ficam atrás dos gols, não tiveram nenhum trabalho. Além da proibição das entrevistas no intervalo, o Palmeiras, pelo menos na primeira etapa, traz de 2010 os mesmos problemas dentro de campo. Com Lincoln muito pouco inspirado, Kleber tem que recuar para “armar” as jogadas. Além disso, os 2 laterais aparecem muito pouco à frente, facilitando a marcação dos armadores. Se tivéssemos que eleger um destaque no Palmeiras, seria Tinga. Kleber, com sua raça e Assunção, com as bolas paradas, também não decepcionaram.

O Palmeiras não troca ninguém no intervalo e aos 9, em mais uma tabela pelo meio, Kleber conclui ao gol na entrada da área. Até os 15, o jogo está morno, algo que só interessa  à equipe do interior. Felipão promove mudança tática ao deixar Lincoln infiltrado e Kleber um pouco mais recuado, “oficializando” o que ocorria no primeiro tempo, mas, pelo menos, reocupando a entrada de área. Vitor aparece mais para o jogo, mas ainda peca muito nos cruzamentos.  Apesar de não termos um banco de arrancar suspiros, espanta a demora de Felipão em mexer no time. Finalmente, aos 28, entra Patrick no lugar do extenuado Lincoln. Com isso, Kleber, volta ao ataque. Provavelmente por ainda não estar nas melhores condições físicas, o Gladiador deixa o campo para a entrada de Dinei aos 35. Aos 40, Dinei já comete o mesmo erro tático de recuar para buscar a bola. Isso deixa claro o fato do Palmeiras não ter um “9” de ofício e a baixíssima inspiração do meio de campo palestrino.  Aos 43, Vinícius entra no lugar de Rivaldo, sob vaias. Inicia-se o tradicional protesto: “ÔÔÔ, queremos jogador”.

Fim de jogo, após um apático segundo tempo. Justas as vaias dos poucos palmeirenses no Pacaembu. Claro que ainda é o primeiro jogo, mas, além das voltas de Valdivia e Gabriel Silva, o  técnico Luis Felipe Scolari precisa dar, ao menos, algum padrão tático para a equipe aspirar alguma coisa no campeonato.

Outros jogos: Linense 1 x 4 Santos, São Bernardo 3 x 1 Grêmio Prudente e Oeste 3 x 0 São Caetano.

Por Marcelo, o racional

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