quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nova era?

 
Caros amigos,
 
Como mencionei em textos passados, preferiria que o vencedor de ontem fosse o Paulo Nobre. Não deu. Por mais que doa dizer, o fato é que, depois dos últimos 2 anos, não podemos criticar o resultado da eleição do Palmeiras. A corrente política a que pertence Paulo Nobre teve sua chance e, infelizmente, não foi bem aproveitada. Além de não poder criticar, acho que temos que aceitar e, mais que isso, torcer para que o Tirone faça um bom mandato. Temos que torcer sempre pelo bem do Palmeiras e não de grupos políticos.
 
As decepções do passado recente mostram que uma administração "mais do mesmo" não deve nos levar a lugar algum. Fica evidente a necessidade de (rápida) mudança estrutural. Na era do "futebol romântico" ficar na fila até aumentava torcida. Na era do "futebol investimento" isso pode até acabar com o clube. Acho que o torcedor comum conhece muito pouco das idéias do novo presidente. A eleição do Palmeiras é extremamente fechada para sua torcida. Sendo assim, aproveitando o canal de comunicação Prisco Palestra, pensei em 10 prioridades, na minha opinião, para o “novo” campo político do Palmeiras.

1 – Esse novo grupo se compromete a ficar apenas um mandato no poder. Com isso, ele pode tomar medidas impopulares sem ter que se preocupar em reeleição ou coisas do tipo. Várias atitudes são impopulares, mas tem que ser feitas para o bem do futuro do clube. Mal comparando, provavelmente o FHC não se elegeria mais nem para síndico de prédio, porque tomou uma série de medidas impopulares, que custaram no curto prazo, mas depois fez um bem danado ao país. Sendo assim, não se trata mais de um projeto de poder, mas sim, de um projeto de Palmeiras.

2 – Por mais imbecil e paradoxal que possa ser, a conquista de títulos no mandato não é o principal objetivo do grupo. O importante será criar condições para o Palmeiras competir em alto nível sempre e não ficar disputando título em um ano e rebaixamento no outro.

3 – Já que esse grupo não quer se perpetuar no poder, não sofrerá influências apaixonadas da torcida que exige sempre coisas incompatíveis com o futuro do clube (contratações de jogadores caros, alta rotatividade de atletas por excesso de pressão, etc...)

4 – Romperá com a danosa prática do Palmeiras de montar mais de 2 times por ano na eterna ciranda do contrata, a torcida xinga, manda embora, contrata outro e o ciclo reinicia.Daí temos de pagar salários de “n” atletas. Está provado que no futebol brasileiro atual quem mantiver um time jogando junto por 18 meses disputa qualquer título em alto nível.

5 – Em que pese o futebol ser emoção, o novo grupo reconhece que não há mais administração saudável sem responsabilidade financeira.

6  - No primeiro mês de mandato, envia proposta de mudança de estatuto, proibindo reeleição, com direito de voto a sócios e sócios torcedores (como o Internacional)

7 – Publicará balanços completos e auditados (de 3 páginas como o Corinthians) em grandes jornais do país. Com isso mostra transparência e não será mais vítima de interesses escusos para reprovar as contas do clube em reuniões pouco transparentes.

8 – As “sobras” de caixa devem ser direcionadas para a construção de um hotel no CT para economizar depois com as diárias e, principalmente muito, mas muito, investimento em marketing.

9 – O investimento em marketing tem que ser feito por empresas do ramo e visa reverter imediatamente a queda no número de torcedores, esse sim o maior risco que um time pode correr na era do "futebol investimento". Sem torcida, sem patrocínio, sem receita, sem título, sem torcida...

10 – Para tanto, investimentos no programa de sócio torcedor para que este seja digno de nome e conquiste uma legião de palmeirenses.

Por Marcelo, o racional.


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