quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Globo e o Brasileirão



O jornalista Lauro Jardim, do Radar On Line/Veja, informa que a Globo pode não participar da concorrência pelos direitos do Campeonato Brasileiro de 2012 a 2014, por causa de eventual proposta astronômica da Rede Record.
Segundo reclama a emissora global, "São leilões quase sempre relacionados a eventos esportivos. É uma espécie de fatura alta que, na avaliação da cúpula da Globo, só a Record tem a ganhar: internamente, a Globo afirma que a emissora de Edir Macedo não tem compromisso em propostas que equacionem rentabilidade e custo por causa da ajuda da Igreja Universal.
Por isso, a Record poderia sempre fazer ofertas mais altas, inflacionando de modo irreal qualquer concorrência. “Nós vivemos de receitas publicitárias, eles têm também a Universal”", diz um diretor da Globo.
Na reunião que terá amanhã (ontem) no Clube dos 13, a Globo detalhará essa posição. Dirá que sua disposição de não participar de um leilão com preço mínimo de 500 milhões de reais para os direitos de TV aberta não é ameaça nem estratégia de negociação – é uma decisão tomada (aliás, foi  decidida numa reunião da qual participou inclusive a família Marinho).
Simplesmente por que, as contas não fecham, não se pagariam com a venda de publicidade. Será que a Globo conseguirá fazer o Clube dos 13 voltar atrás?


No Brasil, muita gente ganha dinheiro com o futebol. Mas os clubes ganham pouco. Assim, não têm capacidade de investimento e de competir com grandes clubes europeus. E esse cenário favorece as transações milionárias e as gordas comissões dos intermediários.


Esse quadro tende a se modificar. Com o crescimento da economia brasileira e a maior valorização do Real, em pouco tempo teremos condições de manter boa parte dos jogadores que hoje são vendidos a preço de banana.


Mas para isso, os clubes têm que aumentar a receita. E um novo contrato de TV pode ser o início dessa nova fase. Com mais dinheiro em caixa e melhores jogadores, o Campeonato Brasileiro pode se tornar atrativo para as grandes praças esportivas européias e então, poderemos inverter o ciclo de vicioso para virtuoso.


Outra vantagem de uma nova emissora (e realmente não interessa qual será)  - transmitir o Campeonato é que os jogos de meio de semana poderão começar mais cedo, já que não haveria novela das nove para terminar. 


Com o respeito devido à qualidade da transmissão global, entendo que a emissora é tendenciosa a favor de alguns clubes (Flamengo, por exemplo) e não gosta do Palmeiras. De modo que do ponto de vista que interessa, que é o do Verdão, será vantajosa a vinda de novo canal que cuide do futebol.  


Abraço esmeraldino

Um comentário:

  1. Aliás, a Record já trata o Palmeiras diferenciadamente, com visão menso carioca.

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